Você gestou seu bebê por nove meses e ele nasceu forte e lindo. Algumas de nós achamos que a formação do bebê finalizou no momento em que ele nasceu, mas não é bem assim.
Assim como a famosa “moleira”, que fica na cabeça e vai se fechando conforme o bebê cresce, outros órgãos do corpo também podem ainda estar em formação. É o caso do aparelho digestivo.
E como o próprio título deste post entrega sobre o que falaremos, o refluxo no bebê pode ser causado pela formação ainda em processo do aparelho digestivo do seu bebê, sem motivos para desesperos.
Você lerá aqui informações básicas, porém essenciais para saber o que se passa com o seu bebê caso ele esteja com episódios de refluxo. Mas ninguém, nem nenhum site pode lhe privar de procurar o pediatra caso você, com seu instinto materno decida que é preciso procurar um médico, ok?!
Primeiro:
O que é o refluxo
O refluxo é o retorno do alimento (no caso dos bebês, o leite) do estômago para o esôfago misturado aos ácidos do estômago responsáveis pela digestão dos alimentos.
Porque ocorre refluxo no bebê
O refluxo no bebê pode ocorrer por diversos fatores isolados ou em conjunto. Pode ocorrer pela formação ainda em processo do seu aparelho digestivo e por consequência, uma má atuação do mesmo, por alergia ou intolerância a determinada substância ou por dificuldade de digestão.
Como identificar o refluxo no bebê
O refluxo ocorre em quase todos os bebês, e normalmente após as mamadas. Não caracteriza um motivo de preocupação se tudo mais estiver ocorrendo bem. O que precisa ser observado são outros indicadores de que o refluxo está prejudicando o desenvolvimento do bebê.
Observe por exemplo, se o refluxo está ocorrendo com muita frequência, se o bebê está com dificuldade para mamar e não ganhando peso como consequência, além de estar irritadiço e chorando muito.
Como tratar o refluxo no bebê
Algumas medidas podem ajudar na digestão do bebê, e como são facilmente aplicáveis, você poderá perceber se elas estão melhorando a condição do bebê ou se outras medidas deverão ser tomadas em conjunto com o pediatra (como o caso de uma investigação de intolerância e alergia, por exemplo).
É preciso lembrar que a dieta de um bebê é muito (ou totalmente) líquida, principalmente quando ele está recebendo exclusivamente o leite materno ou tomando fórmula como complementação.
- Amamente mais vezes e em menor volume para evitar o refluxo no bebê. Você lembra daquela propaganda “Para um pouquinho, levanta um pouquinho, 550 quilômetros?” Então, você vai “amamentar um pouquinho, levantar (ele, no caso) um pouquinho, amamentar de novo”
- Não sobrecarregue o aparelho digestivo. Ou seja, não deixe ele mamar em grandes quantidades. Você perceberá isso no volume de xixi nas fraldas. Se no intervalo de trocas ela estiver muito cheia, é sinal que o volume que ele está tomando é alto.
- Após a mamada, deixe o bebê na posição vertical por pelo menos 30 minutos, mesmo se ele já tiver arrotado
- Eleve o colchão do berço do bebê como se fosse uma cama de hospital, e coloque para dormir de lado. Evite o uso de kit berços para o risco de sufocamento.
Os refluxos simples desaparecem quando o aparelho digestivo “se completa”, e isso ocorre até os 6 meses de vida, mas episodicamente ele pode vir a ter refluxos até os 12 meses. Como neste primeiro ano o bebê será acompanhado mensalmente pelo pediatra, converse sempre com ele sobre os episódios de refluxo e certifique-se de que seu bebê esteja ganhando peso.
O leite materno é mais fácil de ser digerido do que fórmulas e leite de vaca, além de ter todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento sadio do seu bebê. Por isso tenha em mente que seu leite é o melhor alimento e “remédio” para o refluxo no bebê.