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Como é a recuperação do parto normal

Todas as grávidas em algum momento da gestação foram questionadas quanto a escolha do seu parto, se seria normal ou cesárea. Muitas das grávidas opta pelo parto normal devido a sua rápida recuperação. Mas nem tudo são flores e a verdade é que seja parto cesárea ou parto normal em ambos os casos haverá SEMPRE uma recuperação, ela pode ser lenta ou rápida e isso depende mais de cada organismo do que necessariamente do tipo de parto escolhido.

Para que você não seja pega de surpresa achando que porque escolheu o parto normal, não terá nenhum desconforto pós parto, reunimos aqui algumas situações comuns que se dão na recuperação do parto normal:

Sangramento Vaginal (Lóquio)

Existe um processo de cura do lugar aonde a placenta estava e este dura em torno de 30 dias. Durante esse tempo você vai ter um corrimento vaginal chamado de lóquio que é vermelho bem forte semelhante a menstruação durante os primeiros dias, com o passar dos dias vai diminuindo sua intensidade e começa a ficar com um aspecto marrom, depois passa a ficar rosa até que termina sendo branco e depois desaparece. Quando chegar a este ponto, você vai saber que o processo de recuperação do útero terminou. Esse processo pode se acelerar nas mães que amamentam no peito já que a estimulação do mamilo faz com que o útero se contraia, curando mais rapidamente a região. Até que o sangramento não desapareça por completo, não é conveniente que você tenha relações sexuais e sempre mantenha a zona do períneo higienizada.

Contrações uterinas

Depois que o bebê nasceu, a placenta se separa da parede uterina e é expulsa naturalmente durante o parto. A área onde a placenta esteve fica como que uma ferida aberta e esta precisa cicatrizar. Felizmente, seu corpo começa o processo de cicatrização imediatamente após o parto. Minutos depois do parto, o útero se contrai para que não saia mais sangue. Estas contrações uterinas são sentidas como fortes cólicas nos primeiros dias depois do parto, mas logo vão reduzindo sua intensidade. É comum que enquanto você estiver amamentando sinta essas dores pois a estimulação do mamilo faz com que o útero se contraia.

Dor vaginal

É normal ficar com dores na região do períneo que fica entre a vagina e o ânus, pois mesmo que você não tenha levado pontos, essa área é pressionada pela cabeça do bebê durante o parto e por isso fica sensível.

Na maioria dos casos é realizado o procedimento de episiotomia e nos casos aonde o procedimento não foi realizado normalmente há fissuras ou lacerações na pele por conta da saída do bebê, ambas necessitam de pontos que contribuirão para deixar a região dolorida.

A recuperação da episiotomia dura algumas semanas. O corpo absorverá os pontos gradualmente, mas o lugar costurado certamente vai doer um pouco na primeira semana depois do parto. Precisa cuidar para não infeccionar, senão a situação pode ficar bem complicada por isso é necessário ter uma boa rotina de higienização da área sempre que utilizar o banheiro.

Para aliviar as dores você pode:

  • Procure não ficar muito tempo sentada, varie as posição sentada de pé para evitar as pressões na região;
  • Fazer compressas geladas;
  • Descanse sempre que possível, o descanso ajuda na recuperação;
  • Faça um banho morno de assento;
  • Sempre que for fazer xixi, jogue ao mesmo tempo um copo de água morna sobre sua vagina. Assim a urina fica diluída, o que reduzirá o ardor no períneo;
  • Use uma boia, almofada para hemorroida (com um buraco no meio) ou até a almofada de amamentação para se sentar sem pressionar a região dos pontos.

Hemorróidas

As hemorróidas são muito comuns na gravidez e podem se agravar ou então surgir durante o trabalho de parto. A tendência é que elas desapareçam logo, já que não existem mais os fatores hormonais nem a pressão do peso do bebê sobre as veias. Para aliviá-las, você pode usar as mesmas medidas que para a região da vagina (evitar ficar muito tempo sentada, aplicar compressas geladas, fazer banho morno de assento), mas principalmente deve evitar a prisão de ventre, pois as fezes secas só irão causar mais dor e desconforto.

Dor para fazer cocô

É normal se sentir um pouco aflita na primeira ida ao banheiro depois do parto, pois a região toda está sensível e também há o medo dos pontos se romperem. Mas não adie o momento, segurar as fezes só vai fazer com que elas fiquem mais ressecadas e duras, e isso pode provocar sangramento, fissuras e dor na hora de evacuar. Existem alguns remédios que auxiliam na saída das fezes que lactantes podem tomar, consulte sua médica para que ela indique o medicamento mais adequado para sua situação.

Manchas

Devido a força realizada no parto para expulsar o bebê, pode ser que algumas veias fininhas chamadas capilares estourem, deixando seus olhos e sua pele com machas roxas ou avermelhadas. As manchas tendem a desaparecer em alguns dias, caso persista comente com seu médico.

Inchaços

Outro sintoma comum no pós-parto é o inchaço pois o corpo retém uma grande quantidade de água durante a gravidez principalmente na região da pernas e pés. Depois que o bebê nasce o corpo começa a mobilizar os fluidos, mas ainda levará cerca de duas semanas até que o inchaço melhore significativamente.

CUIDADO: Se uma perna parecer muito mais inchada que a outra, pode ser sinal de desenvolvimento de algum coágulo sanguíneo e um médico deve ser consultado imediatamente.

Incontinência urinária

Após dar à luz, os músculos pélvicos e da bexiga ficam numa posição mais baixa e podem causar um leve desconforto, além de provocar a saída involuntária de urina ao tossir, espirrar ou rir. Essa situação melhora à medida em que a bexiga e os músculos pélvicos recuperam o tônus.

Flacidez da barriga

Como os músculos abdominais foram esticados durante os vários meses da gravidez, eles costumam demorar um pouco para voltar ao normal. Isso não acontece em apenas quatro ou seis semanas. Em geral, só alguns meses depois é que as mães conseguem recuperar a boa forma exibida antes da gravidez.

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