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Dica de filme – O Começo da Vida – porque assistir!

Começo da Vida é um documentário que percorreu  noves países do mundo, para mostrar a importância dos primeiros anos de vida na formação de cada pessoa. Foi dirigido por Estela Renner (Criança, a Alma do Negócio, Muito Além do Peso) e produzido pela Maria Farinha Filmes (Muito Além do Peso, Tarja Branca, Território do Brincar). Estela entrevista especialistas no desenvolvimento infantil e visita famílias das mais diversas culturas, etnias e classes sociais, para descobrir que proporcionar um ambiente com amor e segurança para as  crianças nessa fase é o maior investimento que se pode fazer na humanidade.

Queremos criar um movimento em prol da Primeira Infância (período que vai da gestação aos seis anos), pois a Ciência nos traz evidências de que o pleno desenvolvimento no começo da vida é essencial para a construção de uma sociedade mais justa”, diz Eduardo C. Queiroz, diretor-presidente da FMCSV.

Numa sociedade que preza tanto pelo sucesso, olhar para as crianças é visto como um fracasso. Afinal olhando por esse ponto de vista não há nada mais fracassado do que trocar fraldas, brincar, apaziguar brigas entre irmãos, evitar acidentes, cuidar de bebês e simplesmente, amar. Na sociedade do sucesso, quem fica em casa, fracassa.

O filme traz a importância dos primeiros anos da criança para a formação do indivíduo, ou seja, ao que ele é submetido ou não na sua infância determinará boa parte de sua vida adulta. Portanto nos chama a atenção para esse início da história que nos dias atuais tem sido tratado de forma tão banal…nossas crianças tem sido deixadas de lado, seja na frente de um celular, da TV, do computador para não ser gasto tempo de verdade com elas brincando de faz de conta, correndo ao ar livre, andando de bicicleta, colhendo flores, enfim fazendo atividades aonde há de fato uma interação com elas, pois infelizmente os pais estão muito ocupados com suas carreiras de sucesso, ou cansados demais para viver a infância ao lado delas, que simplesmente deixá-las por horas na frente de uma TV ou jogando no celular é um grande alívio. Mas toda ação tem uma reação e como consequência de tudo isso, essa geração de crianças privadas do brincar, da atenção devida dos pais e de seus cuidadores estão crescendo adultos completamente despreparados, com baixo-autoestima, adultos mimados e egoístas, sem nenhuma criatividade e capacidade de construir um mundo melhor. E isso é um desastre para o futuro da humanidade!

MOMENTOS ÚNICOS PARA TODA A VIDA

A Primeira Infância (período que vai da gestação aos seis anos) é uma janela de oportunidade que, se bem cuidada, contribui para o pleno desenvolvimento do indivíduo e gera impactos positivos para toda a vida.

UM MOVIMENTO GLOBAL

A estratégia de distribuição do filme combina distribuição tradicional com campanhas de ação social para mobilizar cidadãos, organizações, empresas, instituições e governos na reflexão e entregar a mensagem amplamente.

UMA VISÃO DE FUTURO

Investir no desenvolvimento infantil é investir na sociedade, fazendo do mundo um lugar melhor. É nisso que a Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, o Instituto Alana, a Fundação Bernard Van Leer e a Maria Farinha Filmes acreditam.

(Fundação Maria Cecília Souto Vidigal)

vida

Frases marcantes:

“Meus filhos não querem saber se eu sou importante ou se ganho dinheiro. Eles só querem saber se estou presente.”

“Ser mãe me tornou mais humilde. Ter meus próprios filhos e aprender com eles a ser mãe.” (Pia Britto, Diretora Global da ECD Unicef)

“Se mudarmos o começo da história, mudamos a história toda.” (Rafi Cavoukian, fundador da Center For Child Honouring)

“A relação afetiva, de coração para coração, é que vai estruturar aquele indivíduo.” (Drz.Vera Cordeiro, Médica e Fundadora da Fundação Saúde da Criança)

“Os primeiros anos são como construir a estrutura de uma casa. Você constrói a estrutura sobre a qual todo o resto se desenvolverá.” (Dr. Charles A. Nelson III, Pediatra de Harvard Medical School e Boston Children’s Hospital)

“O amor materno, é uma parte importante da economia e não é totalmente reconhecida pela sociedade.” (Dr.James J. Henckman, Prêmio Nobel de Economia Universtity of Chicago)

” A mãe é o primeiro exemplo de humanidade que a criança tem contato.” (Dr.Stanislav Grof- Psiquiatra California Institute of Integral Studies)

“Em vez de vê-los como tábulas rasas, hoje já sabemos que eles são os melhores cientistas e alunos que conhecemos no mundo.” ( Dra. Alison Gopni – Psicóloga e Pesquisadora University of California)

Por que assistir ao filme?

Se você é mãe, vai ver seu papel representado daquele jeito todo que já sabe: necessário, visceral, cheio de contradições. Vai ver ali na tela seus dramas, medos e todas as pressões que te consomem. Se você é pai, vai olhar a construção do amor que nasce junto com seu bebê: que bom saber que você tem um lugar precioso. Se você é pai e mãe, se na sua família só tem pais (ou só tem mães) você vai adorar ver um monte de especialistas comentando que o amor nasce dentro da gente, que o vínculo diário é a maior importância desta história toda e que o cultivo deste amor basta.

Se você é professor, educador, se você lida com crianças diariamente, se é com eles que você passa grande parte dos seus dias: você vai lembrar que seu trabalho diário vai além do que pregam os currículos das escolas, o referencial nacional, seus chefes diretos, as novas modas na área da educação e aquelas coisas todas tão ultrapassadas. Você vai lembrar que a essência do seu trabalho é a relação construída com seus alunos, com seus tutorados, sobrinhos, afilhados, com aqueles com quem você redescobre o tempo e para quem você generosamente oferece sua presença (que privilégio!).

Se você representa uma instituição, se você coordena uma escola, é diretor, supervisor, orientador: espero que este filme amplie sua visão, te mostre como aqueles que te cercam são, sempre, muito mais do que números. Quero, muito, que seus olhos esqueçam um pouco as planilhas, desejo que você veja as potencialidades que uma vida bem cuidada têm a oferecer não só para você. Para a humanidade.

Se você não tem filhos, não tem sobrinhos, não é professor, não dirige uma escola: este filme é exatamente seu. Porque conta nas linhas e nas entrelinhas que o começo da vida precisa ser aceito na sociedade para a gente começar a aliviar mães, pais, cuidadores, instituições e crianças. A gente precisa começar a olhar para os filhos dos outros para melhorar o nosso futuro e começar a aceitar as crianças, seus dias longos e todo estes cuidados necessários dentro dos nossos padrões malucos de sociedade.

(Isabela Lanelli)

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