Muitos estudos relacionados à psicologia infantil foram feitos nos últimos anos, muitas novas informações surgiram, sobre a maneira de educar, cuidar e suprir emocionalmente uma criança.
Tudo isso é maravilhoso, é transformador saber como nosso modo de se relacionar com os filhos e a família influência no desenvolvimento das crianças.
Junto com isso, também surgiram informações que falam sobre as necessidades das mães.
Foi percebido que para poder cuidar de forma completa, a mãe também precisa ser cuidada.
Para suprir as necessidades do filho, a mãe também precisa ter as suas necessidades atendidas.
Isso gerou um furdúncio, porque para a nossa sociedade, cuidar de si primeiro e depois cuidar do outro, soa um tanto egoísta.
Mas não, não é, afinal de contas, não é tão conhecida aquela informação de “em caso de despressurização coloque a máscara primeiro em você e depois ajude quem estiver ao lado”? Se você não consegue respirar, como vai amamentar, limpar, dar carinho, cozinhar, dar colo, brincar, cuidar?
Mas fala-se tanto de autocuidado ultimamente, que às vezes dá uma certa ansiedade por não conseguir cuidar de si mesma, o que acaba sendo contraditório, né?
Começa lá, com todas as informações novas sobre maternagem e cuidados com as crianças que queremos muito dar conta.
Mas essa lista de cuidados com as crianças não olha para a lista de cuidados com a mãe, e lá vem outra lista.
Preciso cuidar de mim, preciso fazer as unhas, sair com as amigas, com o marido e surge um surto de ansiedade, descuidamos de nós mesmas para dar conta da demanda do autocuidado.
Esse desejo de cumprir toda a lista de demandas nos esvazia, deixamos de realmente olhar para nós mesmas, como seres humanos que somos. Olhamos para várias dicas de autocuidado, que estão geralmente associadas a estética e ficamos loucas.
Deixamos de nos perceber, do que gostamos, o que nos dá prazer.
Antes de olhar para essas listas, precisamos olhar para nós mesmas, abrir espaço para as nossas emoções e necessidades reais e buscar atendê-las.
Passar a tarde na pracinha com as crianças, um chimarrão e cabelo preso te faz feliz? Então vai lá!
Ler um livro, arrumar as unhas e ir pra academia te faz feliz? Então vai lá!
Se estar com seus filhos te completa, tudo bem. Se você precisa de algo mais pra te preencher, tudo bem também. O que importa mesmo é estar bem com as suas escolhas.
Veja bem: com as SUAS escolhas. Olha pra dentro e te percebe, o que te abastece? O que te faz sentir viva, inteira? Vamos olhar para isso juntas?
Um abraço cheio de carinho, Silvana
Silvana Forster é Coach Familiar e você pode conhecer mais sobre o trabalho dela através do instagram: @silvanaforster_coachfamiliar
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