A gestação dura em torno de 42 semanas, podendo variar entre 37 e 42 semanas, esse é o tempo necessário para que o bebê tenha seu desenvolvimento completo para então poder vir ao mundo exterior. No entanto existem muitos casos de bebês que nascem antes das 37 semanas de gestação e nesses casos os bebês são classificados como prematuros, ou seja, ainda não alcançaram a maturidade de desenvolvimento do seu corpo dentro do útero materno.
Os bebês prematuros podem ser classificados quanto a sua prematuridade:
- Pré-termo extremo : o bebê nascido com menos de 28 semanas;
- Muito pré-termo: 28 a 32 semanas;
- Pré-termo moderado: 32 a 37 semanas;
- Pré-termo tardio: 34 a 37 semanas.
Algumas características de um bebê prematuro:
- Em sua maioria, baixo peso ao nascer;
- Pele fina e com aspecto brilhante e rosada;
- Pouco cabelo;
- Orelhas finas e moles;
- Musculatura fraca e pouca atividade corporal;
- Pouca gordura sobre a pele;
- Veias visíveis;
- Cabeça desproporcional ao corpo, geralmente a cabeça é maior que o corpo do bebê;
- Poucos reflexos de sucção e deglutição.
Quais os fatores de risco que podem provocar um parto prematuro?
Infelizmente nem sempre as causas são identificadas, mas fazer um bom pré-natal diminui muito os riscos de um parto prematuro. Abaixo alguns fatores que podem desencandear um parto prematuro:
- Diabetes;
- Obesidade;
- Desnutrição;
- Alterações anatômicas do útero;
- Hipertensão;
- Descolamento de placenta;
- gestação precoce, antes dos 19 anos ou tardia (após os 40);
- Implantação irregular da placenta;
- Excesso ou escassez de liquido amniótico;
- Partos prematuros anteriores;
- Pré-eclampsia;
- Gestações Múltiplas;
- Mulheres que engravidam seis semanas ou menos após um parto anterior;
- Mulheres que trabalham de pé até o fim da gravidez ou realizam trabalhos pesados ou estão sujeitas a uma grande quantidade de estresse físico ou emocional.
Quais as complicações que o bebê prematuro pode ter?
A gestação tem um termpo determinado para completar o ciclo de amadurecimento e desenvolvimento dos orgãos do bebê, antes que ele nasca, justamente para que ao nascimento ele já tenho seu corpo em pleno funcionamento e desenvolvimento. No entanto quando o bebê nasce prematuro, ou seja anterior as 37 semanas esse ciclo é quebrado e o bebê pode apresentar algumas deficiências uma vez que seus sistemas e orgãos não estão prontos para funcionar totalmente independente do útero materno.
No sistema imunológico
Quando os bebês nascem prematuros o sistema imune ainda está em desenvolvimento e portanto isso os deixa mais propensos a contaminações e infecções, como também maior risco de meningite e sepse neonatal.
No cérebro
Os bebês prematuros ainda não tem vários orgãos desenvolvidos e o cérebro é um deles, vários comandos não estão prontos ainda, portanto o bebê pode ter várias dificuldades para respirar ou para deglutir, pois não consegue coordenar ainda suas atividades. Crescem também as chanves de uma hemorragia cerebral.
No aparelho digestivo
A prematuridade prejudica a digestão do leite materno ou da fórmula láctea, pois o trato intestinal do prematuro é mais lento, portanto ocorrem muito mais episódios de regurgitação e dificuldades para se alimentar. Além de icterícia precoce e persistente.
Nos pulmões
Como os pulmões não completaram seu processo de maturação dentro do útero, a falta de desenvolvimento dos alvéolos e a deficiência de surfactante (gordura que os mantém abertos) acaba dificultando a oxigenação e causando apnéia, uma parada respiratória que pode ser momentânea ou não.
Na visão
Muito comum dos bebês prematuros desenvolverem retinopatia da prematuridade, pois os vasos que irrigam a retina acabam por não se desenvolver completamente. Também ocorre com muita frequência entre os prematuros o desenvolvimento de estrabismo e miopia.
No aparelho cardiovascular
O canal arterial se fecha normalmente nas primeiras horas de vida do bebê, no caso do prematuro isso demora muito mais, o que acaba dificultando o trabalho cardíaco.
Quais cuidados que devemos ter com um prematuro?
Assim que o bebê receber alta do hospital, ele estará pronto para ir para casa, mas os cuidados não terminam com a saída do hospital, é necessário ter atenção e redobrar os cuidados para manter o prematuro seguro e saudável. É um período de maior resguardo e de muita paciência.
1. Evite lugares fechados e aglomerações
Como o sistema imunológico do bebê ainda está em desenvolvimento é necessário ter muito cuidado no contato com outras pessoas, portanto evite lugares fechados e aglomerações para diminuir os riscos de uma infecção.
2. Limite o contato com pessoas com infecções respiratórias
Com a chegada do bebê em casa, todos querem conhecer o novo integrante da família e nessa hora limitar o acesso das pessoas é bem complicado e delicado. Mas para o bem-estar do prematuro é necessário um posicionamento frente a essa situação, principalmente se os visitantes estiverem apresentando algum sintoma gripal.
3. Lave as mãos com frequência
Um hábito que todos deveriam ter de modo geral, em se tratando de bebês recem-nascidos esse simples mas muito valioso cuidado deve ser redobrado e falando em prematuros, essa atitude deve estar presente a todo momento, por todos que convivem com o bebê. Ou seja, antes de tocar no bebê lave as mãos, de preferência com sabonete neutro ou sem fragância para evitar alergias.
4. Priorize o aleitamento materno
O leite materno é um dos alimentos mais completos do mundo e com certeza é uma grande contribuição da mãe para com seu filho. Portanto vale a pena investir na informação e no preparo para esse momento ser o mais benéfico e tranquilo tanto para o bebê quanto para a mãe.
Enquanto o bebê estiver na neonatal, pode ser que não seja indicado a amamentação por aleitamento materno, pois um prematuro de 28 semanas por exemplo não consegue fazer a digestão adequadamente, então a nutrição do prematuro é feita por via endovenosa. Em casos menos extremos pode ser que seja utilizado a nutrição enteral mínima, iniciando com 1ml de leite materno por sonda progredindo conforme houver evolução do bebê. Pois o objetivo nesses casos é introduzir o aleitamento materno assim que possível.