Hoje vou fazer uma confissão: Não entendo nadica de nada do que vem escrito no calendário de vacinas dos meus filhos!
Não me sinto desnaturada, muito menos desinformada, me sinto apenas desnorteada quando abro a página de vacinas para me programar quando será minha próxima visita ao posto de saúde ou laboratório particular e vejo uma planilha totalmente bagunçada e pouco amigável. Visualmente ele é muito confuso, e soma-se o fato deles mudarem o formato regularmente e também usarem os nomes das vacinas com letras muitas vezes ilegíveis.
Daí desenvolvi uma “técnica moderna e infalível” de não me perder no meio de tanta vacina e vírus com nomenclaturas que mudam de tempos em tempos!
Já te conto, olha só.
No site do Ministério da Saúde existe um quadro do Calendário de Vacinas super fácil de entender:
O layout é mais simples para as pessoas leigas, mas ainda assim, totalmente envolvidas e consumidoras destas informações. Ele é apenas informacional, é claro, e não consta os espaços para anotação das vacinas e das campanhas. Mas devia ser usado como referência das Cadernetas de vacinação, ajudaria bastante.
Aí minha técnica moderníssima é imprimir esse quadro! (kkk)
Considerando minha falta de habilidade para assimilar a informação dos calendários de vacinação dos meus filhos, resolvi imprimir este quadro acima e andar com ele dentro das Cadernetas de Saúde deles. Fica a dica se você também tem essa falta de afinidade com a caderneta.
Importante dizer que ele não informa as vacinas que você pode aplicar na rede particular. E esse é um outro ponto de discussão.
Vacina da rede particular é melhor?
As principais considerações sobre as vacinas particulares são que ALGUMAS delas são mais modernas em suas composições (usam apenas a proteína do vírus, e não toda a célula, por exemplo. Ou seja, ela contém apenas o que é necessário para desenvolver a imunização. As chances de acontecerem eventos adversos diminui consideravelmente) e que imunizam outras doenças que a rede pública não atende (ex: Meningite B).
Essas composições modernas também amenizam ou anulam efeitos colaterais, e também permitem que uma única picada previna por mais doenças.
Um exemplo disso é a vacina Meningocócica conjugada C e a Meningocócica ACWY. A primeira está disponível na rede pública e é aplicada em duas doses ou uma dose e reforço, e previne contra Meningite tipo C, a que possui maior incidência (70% dos casos). Já a vacina da rede particular previne também contra os outros três tipos C, W, Y, com destaque para o tipo W que tem aumentado e hoje corresponde a 20% dos casos no sul do Brasil. Essa vacina só pode ser aplicada em crianças a partir de 2 anos.
Por outro lado, a vacina Tríplice Viral e Hepatite B são exatamente iguais nas redes pública e privada e não tem porque fazer o investimento.
Nada melhor do que uma boa conversa com o pediatra que você escolheu, pois ele indicará qual vacina você deverá dar nas redes particulares e quais deve dar na rede pública. São nesses detalhes que identificamos se a linha que o pediatra segue é compatível com seu estilo de vida e criação. Por isso é muito importante escolher o pediatra considerando as opiniões e explicações dele sobre situações como esta, o uso de remédios alternativos e etc. Aqui no SOUMÃE temos um artigo excelente para esta escolha, escrito pela médica e residente em Pediatria Isabela Forni. Recomendo a leitura!
E você tem alguma dica ou opinião sobre as vacinas particulares e o calendário de vacinas da rede pública? Compartilha com a gente!