A chupeta já foi um dos temas mais debatidos da maternidade, se deveria ou não ser oferecida para o bebê e qual seria as consequências físicas e emocionais do seu uso. Esse debate, que algumas vezes disputava com a forma correta de chamar a chupeta (bico, pacificador, “boobo”), é muito importante para a saúde do seu bebê, mas tornou-se quase uma escolha pessoal dos pais.
O certo é que como cada criança possui suas particularidades e personalidade, a chupeta vai ter um grau de importância diferente para cada uma. Aqui em casa por exemplo, meu primeiro filho adorava a chupeta, e só largou ela por volta dos 3 anos por causa de uma estomatite. Já meu segundo filho usou e largou no primeiro ano de vida, mesmo sendo mais agitado do que o irmão mais velho.
Existem aspectos diversos a serem analisados, mas concentrando nos aspectos físicos e emocionais, temos as seguintes questões:
Ajudam no exercício da musculatura. O movimento da sucção estimula toda musculatura da boca e da face, e alguns especialistas dizem que este exercício não deve ser feito somente na hora da amamentação.
Pacificadora. Esse é o nome dela na tradução literal do inglês. E de fato ela possui esse efeito pacificador em momentos de crise e ansiedade do bebê.
Mau formação da arcada dentária. Essa é uma consequência que pode ocorrer caso não haja um controle do uso da chupeta. Ela deve ser oferecida literalmente “com moderação”, ou para ser mais específica, apenas em alguns momentos como na hora de dormir. Existem estudos inclusive que reforçam que o uso da chupeta para dormir previne casos de sufocamento com o regurgitamento no berço.
Dependência emocional. Quando a pacificadora é liberada por completo para o bebê, ele pode se tornar dependente dela. Algumas mães até colocam aquela cordinha que a deixa sempre à disposição do bebê. Mas o uso em excesso impede que a criança lide com suas ansiedades de outras formas, além de literalmente tampar o orgão que vai ser usado para aprender outra forma de interação com o mundo que é a fala.
Fácil começar, difícil tirar. Mesmo que usando de forma moderada, deixar a chupeta é um trabalho difícil.
A lista de contras talvez seja maior que a lista de prós, mas assim como tudo em nossas vidas, o uso moderado permite que eles desfrutem do recurso da melhor forma. Só quem é
mãe sabe como é tranquilizador oferecer a chupeta para o filho em uma crise de choro sem causas (Aquele choro que já oferecemos o colo, o peito, trocamos a fralda, ninamos e nada tem efeito, sabe?).É quase unânime para os odontopediatras que a chupeta deve ser tirada da rotina da criança até seus dois anos, mesmo com o uso moderado. Isso porque a partir dessa idade a fase oral já se foi, e no desenvolvimento infantil a fala está cada vez mais ativa (veja mais sobre o desenvolvimento infantil AQUI). Se é este o momento, prepare-se:
Além dessas dicas, quando a criança tentar falar alguma coisa com a chupeta na boca, finja não entender e use a criatividade em outras situações para demonstrar que a chupeta na boca é ruim, como na hora de tomar um delicioso sorvete ou brincar de fazer sons engraçados. A maternidade tem um misto de paciência e criatividade, e isso é essencial para fazer o desenvolvimento do seu filho transcorrer da forma mais saudável possível.
Conta para gente, quantas chupetas e mamadeiras seu filho tem/tinha? Uma dica de última hora: Quanto menos, melhor!
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