Após casos confirmados de crianças com COVID-19, o novo coronavírus, saiba o que fazer para proteger os filhos que sofrem de asma ou bronquite.
Um bebê com menos de um ano está entre os casos confirmados da COVID-19 em Minas Gerais. Nos Estados Unidos, uma criança com idade semelhante morreu dessa doença.
Em tempos de pandemia e mudanças de temperatura, em que aumentam os riscos de doenças respiratórias, o que pode ser feito pelos pais para que crianças que sofrem de asma e bronquite fiquem menos expostas à doença?
A pediatra Patrícia Rezende, do grupo Prontobaby, responde a seguir. Confira:
Todos os portadores de doenças crônicas, não só crianças, fazem parte do grupo de risco. As crianças que já têm previamente doenças pulmonares, como asma não controlada, broncodisplasia pulmonar ou tuberculose, por exemplo, estão mais sujeitas às complicações do COVID-19.
Para os pais, a orientação é seguir estritamente com o isolamento social. Não saiam de casa, a não ser que seja absolutamente necessário. Se isso acontecer, devem seguir todos os cuidados com a higiene das mãos. Ao voltar, deve-se tirar o calçado antes de entrar em casa, tirar toda a roupa usada na rua e colocar para lavar. Em seguida, tomar um banho ou, se não for possível, higienizar muito bem as mãos e os braços até a altura dos cotovelos.
Se a criança apresentar piora da doença ou apresentar falta de ar, o médico sempre deve ser avisado. Em caso de falta de ar ou dificuldade para respirar, o recomendado é procurar o hospital.
Estudos clínicos publicados da pandemia na China e na Europa mostram que 80% dos pacientes apresentaram forma leve da doença, na forma de resfriado (coriza, tosse e dor de garganta) ou na
forma de “síndrome gripal”, que tem a tosse como principal manifestação respiratória e febre, podendo até apresentar pneumonia “leve” (sem hipóxia). Portanto, na fase de transmissão comunitária, tanto pacientes com resfriado, como com “síndrome gripal”, podem ter COVID-19. Logo, todos os pacientes com essas apresentações clínicas devem ser colocados em isolamento respiratório domiciliar por 14 dias.Manter as medicações de uso habitual, não suspender o uso das medicações inalatórias de rotina, manter janelas abertas para circular o ar e não deixar acumular poeira.
Aproveite e confira:
Os estudos são muito preliminares, com pequeno número de doentes, sem presença de um grupo controle. Não podemos inferir nenhuma recomendação a partir dele ainda. A suplementação de vitamina D é indicada como rotina até os dois anos de idade e em casos de deficiência da mesma.
É importante que a mãe, ao amamentar, esteja com as mãos higienizadas, roupa limpa e, se estiver infectada, de máscara. Nesse momento, é importante prevenir que essa criança não estará exposta ao vírus, portanto não é indicado sair com o bebê, somente para consultas de rotina com o pediatra, quando necessário.
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