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Decoração de quartos de bebês: Nem tão infantil assim

Quartos de bebê são projetados pensando no crescimento da criança

Buscando praticidade a longo prazo, uma das novas apostas para quartos de bebês são projetos que possuem um caráter prático e menos infantil, mas sem deixar de ser sofisticado. Dessa maneira, o espaço pode ser utilizado em todas as fases da criança, passando por poucas alterações, como a troca do berço pela cama e modificações no armário.

No projeto do arquiteto Thiago Mondini, o cliente é um casal jovem que queria um ambiente diferenciado, com características mais clássicas, para a filha bebê. “Eles desejavam também que não fossem utilizados temas muito infantis, nem cores muito óbvias. Queriam fugir, principalmente, do cor-de-rosa. Trabalhamos com tons de verde, dourado, linho cru e lilás,” comenta o profissional.

O quarto tem uma dimensão bem restrita, por isso foi utilizada uma cama auxiliar que se tornou um item multiuso, já que recebeu um conjunto de almofadas que a transformam quase em um sofá. “O local pode ser usado para a mãe amamentar ou para a babá poder sentar para cuidar da criança e também para dormir sem deixar o bebê sozinho, caso haja necessidade. No futuro, a cama será usada pela criança e no lugar do berço pode ser instalada uma escrivaninha”.

O projeto ainda teve reaproveitamento de materiais. “O berço era item herdado de família e foi restaurado. No banheiro optamos por preservar os revestimentos originais das paredes e do piso, que eram neutros e não comprometeriam o resultado final. O objetivo foi evitar o excesso de transtornos de uma obra durante a gravidez,” explica Mondini.

Todas as marcenarias receberam pintura em laca branca acetinada. As paredes têm uma moldura em meia-altura, com pintura num tom de areia abaixo e papel de parede verde-claro com estampa de folhagens douradas. Para as cortinas foi utilizada seda dourada, assim como em algumas almofadas. O enxoval do bebê foi feito em linho cru e lilás. No banheiro, a bancada é em ônix mel, material bastante nobre.

Quando a criança crescer serão necessárias poucas mudanças. “A rigor, como todo o projeto foi concebido sem um caráter infantil, não há necessidade de substituir nada. Serão necessárias duas adaptações: além do berço que será substituído por uma escrivaninha, precisarão ser revistas as divisões do armário, que hoje estão pensadas para roupas menores, de bebê. Acho esse tipo de pensamento, de longo prazo, muito mais responsável. Custos de reformas são sempre altos e alguns deles podem ser evitados, basta não pensar nas soluções somente a curto prazo”, finaliza.

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