Não atender ao chamado do próprio nome e não reagir a barulhos são alguns dos sinais que os pais devem ficar atentos desde cedo, quando a criança é um bebê.
No Brasil, quatro em cada 1.000 crianças nascem com algum tipo de deficiência auditiva.
O Teste da Orelhinha, que é obrigatório por lei e que deve ser realizado dentro da própria maternidade, é o primeiro procedimento que pode mostrar se algo não vai bem.
Aproveite e confira:Exames que os recém-nascidos devem fazer na maternidade
A médica otorrinolaringologista, otoneurologista e Chefe do Grupo de Pesquisa em Zumbido do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Dra. Jeanne Oiticica, vai nos explicar sobre a deficiência auditiva em bebês.
Como suspeitar? Quais os tratamentos disponíveis? Confira no texto abaixo e tire as suas dúvidas:
O bebê que não atende ao chamado do próprio nome. Que nem sequer balbucia sílabas simples quando o esperado pela idade é que já o fizesse. Que não se assusta com sons muito altos e não vira a atenção em direção aos sons.
A suspeita pode ser levantada caso os itens listados anteriormente sejam percebidos pelos pais ou cuidadores da criança.
Talvez ainda não seja de conhecimento público de muitos, mas, por lei imposta pelo Ministério da Saúde, toda criança recém-nascida deve realizar o Teste da Orelhinha ou Triagem Auditiva Neonatal já nas primeiras 48 horas de vida, ou em até 28 dias após o nascimento.
Justamente para identificar precocemente se há surdez ou perda auditiva.
Isso é muito importante porque quanto mais precoce o diagnóstico, melhor será a resposta da criança ao tratamento de reabilitação auditiva.
O teste da Orelhinha é indolor, não invasivo, realizado durante o sono do bebê pela fonoaudióloga, e dura em média entre cinco e 10 minutos.
Caso o bebê
não passe no teste, o mesmo deve ser encaminhado para avaliação otorrinolaringológica mais ampla, e tratamento específico, que pode ser aparelho de amplificação sonora individual ou implante coclear.O aparelho auditivo pode ser adaptado desde cedo, por volta dos 6 meses de idade e idealmente antes dos 2 anos de vida.
Existem modelos diferentes, mas o que direciona a escolha não é necessariamente a idade da criança e sim o grau de surdez ou perda auditiva.
É possível que a criança não reclame mesmo. Entretanto, a escola (as professoras e coordenadoras) percebem a dificuldade e limitação de rendimento escolar do aluno. Isso costuma ser sinalizado para os pais, que devem buscar avaliação médica imediata.
As deficiências auditivas podem ser adequadamente tratadas e a criança plenamente reabilitada para que seja um ouvinte normal, desde que use aparelho de amplificação sonora individual ou implante coclear, a depender do caso.
As causas genéticas ou hereditárias, malformações de ouvido, além das ambientais (infecções, meningite, otites, entre outras).
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