Arquiteta dá dicas sobre decoração Montessori para quarto de bebê

Um quarto infantil bem projetado atende todas as necessidades do bebê, inclusive, necessidades que surgem de acordo com o crescimento e curiosidade da criança. Essa é uma das prioridades da arquiteta Ana Yoshida, do escritório Ana Yoshida Arquitetura e Interiores, quando ela recebe a missão de trabalhar um ambiente dedicado ao universo infantil.

Desenvolvido por Maria Montessori, o Método Montessori é uma estratégia de educação infantil que reflete na arquitetura muitas vezes não só do quarto do bebê, mas de toda a casa (para pais que escolhem seguir o método por inteiro).

Confira, abaixo, as dicas de Ana Yoshida para o desenvolvimento de um quarto infantil baseado no método Montessori:

1. Foque no essencial:

Um dos charmes de ambientes montessorianos é como ele passa longe dos excessos de coisas. Brinquedos, roupas e móveis cumprem suas funções, mas cada qual tem seu lugar, sem encher completamente o espaço na tão característica bagunça de criança. Com a quantidade e itens reduzida, o ambiente fica mais agradável e organizado. Além disso, a criança é poupada de estímulos em excesso, podendo focar nos pertences que tem à mão.

Ter uma infinidade de brinquedos não é sinônimo de que as crianças vão brincar e se divertir muito. Pelo contrário. As crianças podem ficar com dúvidas sobre o que escolher, além de pegarem tudo, brincarem pouco tempo com cada brinquedo e deixar aquela bagunça.

Já foram feitos alguns estudos que comprovam que as crianças brincam mais quando as opções de brinquedos são menores.

Isso significa que ter uma casa cheia de brinquedos pode ir na contra mão de um melhor desenvolvimento para seu filho.

Quanto menor for as opções de brinquedos disponível para a criança, mais ela conseguirá se concentrar e explorar aquele brinquedo.

Com isso você ajuda seu filho a ser mais criativo, além de incentivar a imaginação e concentração da sua criança.

Nesse quarto de bebê, um exemplo do bom uso por função é a poltrona de amamentação. Quando não for mais necessária, ela sai do quarto, liberando espaço no chão para o bebê brincar em frente à sua estante. Assim, ele terá acesso aos brinquedos e livros disponíveis nos nichos baixos – o que ajudará a desenvolver sua autonomia. Os demais móveis também tem linhas simples e minimalistas, que valorizam as cores e texturas do local.

2. Desapegue do berço:

A autonomia do bebê é o principal pilar do método Montessori, refletindo até na maneira como ele dorme. Os berços restringem o movimento da criança, deixando o pequeno completamente dependente dos pais para dormir, entrar e sair da própria cama. A cama encostada no chão confere a liberdade necessária sobre a vontade de dormir ou não, sem a interferência dos pais.

3. Decore de acordo com o tamanho da criança:

O estilo montessori foi solicitado pela mãe para esse quarto desde o início. O espaço é bem pequeno, e foi criado com o desafio de ser uma redivisão da sala, que por sua vez foi ampliada. Apesar disso, as medidas são equilibradas – e pensadas exatamente de acordo com as necessidades da mãe e do menino. O armário, por exemplo, foi projetado para abrigar os cabides infantis, deixando-o menos profundo – e, por consequência, economizando espaço. O ajuste foi fundamental para melhorar a circulação e dar a sensação de amplitude do ambiente.

O que é importante e permitido fica sempre ao alcance da criança nas prateleiras mais baixas. Assim, ela tem os itens essenciais ao seu universo ao seu alcance. Alguns quadros estão em prateleiras altas, mas muita arte também está à altura dos olhos do bebê, para que não só os pais possam vê-las com clareza.

Fornecedores

Marcenaria: execução Benele Marcenaria

Poltrona: Oppa

Tapete: By Kamy

Décor e cabeça girafa: Coisas da Doris

Décor: Ameise

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