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Educação Financeira: 7 lições que as crianças precisam saber

Assistir desenho animado nos canais infantis com seu filho é ter a certeza de que receberá uma enxurrada de propagandas de brinquedos e muitos pedidos escandalosos do seu filho querendo cada um deles. É hora de falar de educação financeira.

Se ele soubesse o quanto vocês se esforçam para ganhar o rico dinheirinho de vocês, né?!

Mas afinal de contas, quando é a hora de começar a falar sobre dinheiro? Quando devemos contar para eles que “só passar o cartão de crédito” não resolve as coisas? Que existe uma fatura monstro para pagar no final do mês?

Quando começar a educação financeira?

Como educar filhos não tem receita de bolo, educação financeira não é um tópico ou etapa de nenhuma idade específica.

É preciso que a criança tenha o mínimo de compreensão do que está sendo falado com ela. E considerando isso, é preciso que elas entendam 7 verdades básicas para começar a se relacionar com o dinheiro. São elas:

#1 – Para que serve o dinheiro?

Isso me fez lembrar de uma aula de microeconomia da faculdade aonde o professor ensinou a origem do dinheiro. Não, você não precisa fazer isso. Deixa essa parte chata para a faculdade caso ele decida fazer algo relacionado à economia.

Como parte da educação financeira, a criança precisa entender que o dinheiro tem um grande papel (sem trocadilhos) nas relações de compra. Que ele tem um valor para vocês e para o pipoqueiro que acabou de entregar um saco de pipoca em troca de algumas notas.

Mas como na propaganda da Mastercard, outras coisas não tem preço e não precisam dele, como carinho de vó, passeio na praça e outros prazeres da vida.

Imagem: Pinterest

#2 – De onde ele surge?

A criança precisa compreender que houve um esforço para conseguir dinheiro, que foi preciso trabalhar para ganhar ele.

E a brincadeira do cartão de crédito milagroso também precisa ser explicada, principalmente porque cada vez mais usamos mais o plástico do que as notas e moedas em si.

Por isso, explique de forma simples e direta que você recebem o dinheiro como recompensa do trabalho de vocês. E que o trabalho de vocês tem um valor para a empresa ou sociedade e assim por diante.

#3 – O preço das coisas.

Aqui a conversa vai partindo para o lado prático. Normalmente elas se deparam com o preço das coisas quando começam a ganhar um dinheirinho dos avós ou tios para pouparem.

A poupança é um dos itens que vamos abordar, mas antes dele, a criança precisa experimentar uma compra. Com a próxima moedinha que ela ganhar, leve à

padaria ou papelaria e permita que ela escolha o que deseja comprar, dizendo que aqueles números que aparecem na frente dos produtos são o valor delas, e o preço equivale ao esforço e a obra-prima para fazer aquele item.

#4 – É preciso fazer escolhas!

Se ela apontar algo que seja possível, indique a quantidade que é possível comprar com ela ou se ela prefere guardar o restante do dinheiro para outro dia. Se for mais caro, explique que ela precisa juntar outras moedas como aquela até que chegue no valor (para não frustrar totalmente a experiência, mostre o que é possível comprar. Não complete o valor, pois assim a prerrogativa será aberta e a educação financeira irá para as cucuias).

Existe também a possibilidade da criança querer mais de um item. Nós somos assim, oras. E antes do “óh céus, óh vida”, explique que não se pode ter os dois com apenas aquela quantidade de dinheiro.

Imagem: Pinterest

#5 – Poupar pode ser a solução.

Por isso as experiências são tão enriquecedoras para a educação financeira. Somente “indo às compras” é que eles vão entender o porque de encher um cofrinho, ou “dar para o papai guardar na poupança” deles.

#6 – Maneiras de ser rico

Essa é uma lição que vários adultos ainda não aprenderam, mas que uma criança pode assimilar com muito mais clareza no início de suas experiências de consumo.

Ela pode ser rica tendo tudo que é possível ter, ou sendo satisfeita com tudo que tem.

#7 – A diferença entre o que queremos e o que precisamos

Essa última verdade pode ser facilmente explicada no supermercado. Se ela gosta tanto de biscoitos, para que comprar arroz? Se todos adoram doces, porque comprar papel higiênico? Se você quer um Porsche, porque ter um carro popular?

Bom, o raciocínio é rápido, assim como o Porsche que nem você nem eu temos. Se comprarmos somente doces, como iremos limpar nossos bumbuns? Com exemplos extremos, ou até aproveitando para falar da alimentação equilibrada, será fácil explicar a diferença entre o que queremos e o que precisamos.

Assim, depois dessas verdades terem sido abordadas com suas crianças ao longo de um tempo, é possível começar a cogitar uma mesada no orçamento familiar  (pegue algumas dicas AQUI sobre o orçamento familiar!) e algumas tarefas para que ela execute e mereça a recompensa. Lembrando sempre de escolher as tarefas certas, e não recompensar por notas boas na escola ou por comportamento à mesa.

Já começou a dar uma mesada para seu filho? Conte para gente aqui ou em nossa Fanpage! Vamos dar idéias para as outras mães!

Amanda Gusmão

Mãe de dois meninos e de um blog, sou daquelas que tropeça e ri do próprio tombo. Mais normal que arroz com feijão, gosto de levantar a bandeira das "Sem bandeiras" na maternidade. Maternidade simples e divertida. Vamos lá?

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Amanda Gusmão

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