A episiotomia é um corte realizado entre a vagina e o ânus com o intuito de facilitar a saída do bebê e evitar uma laceração irregular feita pelo próprio bebê na sua saída. Nos últimos tempos com as grandes campanhas de sensibilização da violência do parto no Brasil, ela tem sido muito questionada principalmente quanto a sua real necessidade, pois não há evidências científicas suficientes que comprovem a sua eficácia. Em 1996, a Organização Mundial da Saúde (OMS) encaixou a episiotomia na categoria de “práticas frequentemente utilizadas de modo inadequado”.
Essa prática expõem as mulheres há muitos riscos, como:
A recuperação da sutura geralmente leva em torno de 6 semanas que corresponde também ao período de resguardo da mulher para relações sexuais e esforços físicos. No entanto se os pontos não foram feitos corretamente há riscos de fibrose, dor prolongada, dificuldade de cicatrização e perda da sensibilidade na região. Podendo ainda haver complicações mais graves como laceração e frouxidão na região perineal que podem levar a problemas intestinais como o caso da cantora Amy Herbst.
No Brasil as taxa de episiotomia são altas, dados recentes divulgados pela pesquisa Nascer no Brasil, feita com mais de 23 mil mulheres revelou que entre as entrevistadas que tiveram parto normal, mais da metade (53,5%) passaram por episiotomia.
Em torno das décadas de 40 e 50 quando o parto foi transferindo do ambiente domiciliar para o ambiente hospitalar e passou-se a utilizar essa técnica com a argumentação de que o corte cirúrgico realizado na pele e na musculatura do períneo evitava as roturas ou lacerações irregulares da região causadas pela passagem do bebê no momento do parto. Assim, em vez de uma ferida traumática, seria feito um corte regular, cuja restauração seria mais precisa. Além disso, dizia-se a que a ampliação dessa região acelerava a saída do bebê com isso os partos hospitalares ganhavam mais tempo por serem mais rápidos.
Ao contrário dos pontos da cesárea, os pontos da sutura não precisam ser retirados, os externos caem naturalmente na primeira semana e os mais internos (quando utilizados) são absorvidos pelo organismo dentro de um prazo médio de seis semanas do pós-parto.
É possível fazer massagens e exercícios na região do assoalho pélvico, que permitem que a mulher tenha um excelente controle no nível de contração e relaxamento do períneo e assim possa obter a ampliação suficiente do canal do parto no momento da saída do bebê. Até exercícios mais leves como caminhada ajudam.
Outra recomendação é a realização de movimentos de agachamento pela grávida desde o 4° mês afim de fortalecer a região do períneo.
Converse com seu obstetra durante o pré-natal para que seja verificado antecipadamente a necessidade ou não da episiotomia e exponha para ele sua opinião e desejo.
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