O termo Estomatite se refere a um termo bem amplo utilizado para inflamações na cavidade bucal.
A estomatite é mais frequente em crianças do que em adultos pois geralmente a partir dos seis meses de idade, quando se inicia a introdução alimentar muitas mães interrompem a amamentação, e sendo assim os anticorpos da mãe param de passar para o bebê (pois eles são repassados pela amamentação e fundamentais para a proteção do bebê), tornando-os então mais suscetível as inflamações. E também é bem comum de surgir quando a criança inicia na escolinha por volta dos dois anos, pois o contato com outras crianças permite o contágio mais rápido com esse tipo de doença.
A estomatite herpética e da Síndrome mão-pé-boca são causadas por vírus, enquanto a estomatite aftosa pode ser causada por traumas ou alergias.
Elas tendem a serem mais comuns de surgir na época de outono e inverno pois devido ao grande volume de casos de gripes e resfriados que acabam baixando a imunidade e deixando as crianças mais suscetíveis à outros vírus. Também nessa época do ano é comum frequentarmos lugares mais fechados por conta do frio, facilitando assim a transmissão dos vírus tanto pela saliva quando pelo contato com as lesões.
As primeiras manifestações surgem geralmente após cinco dias do contágio com uma pessoa doente, que são:
Aproveite e confira:
1- A gengiva fica avermelhada e surgem pequenas erupções arredondadas.
2- Já no dia seguinte, aparecem bolhas que se rompem, dando origem a pequenas lesões, semelhantes a aftas redondas e amareladas, que se espalham por toda a boca, gengiva, língua, faringe e até as amígdalas.
3- Os demais sintomas surgem como consequência como dor, irritabilidade, falta de apetite, etc.
Em geral todo o quadro viral da criança dura de dez a 15 dias, mas o período mais crítico é entre o terceiro e o sétimo dia.
Portanto quando a criança apresentar os primeiros sintomas procure um profissional de saúde, para fazer uma avaliação e confirmar o laudo da estomatite para poder realizar o tratamento adequado.
E há chances também de crianças que já contraíram o vírus, terem recorrência do vírus de novo, pois o vírus permanece em estado latente, pela vida toda no organismo. Portanto se o sistema imunológico ficar enfraquecido, ele pode voltar a se manifestar.
O tratamento é indicado pelo profissional de saúde e visa combater os sintomas da infecção. Podem ser receitados medicamentos para alívio da dor e desconforto bem como antitérmicos para controle da febre. Mas alguns cuidados podem ser administrados em casa de modo geral como:
É importante lembrar que as crianças que frequentam creches ou escolas não devem ir por um período de 15 dias pois elas podem contaminar outras crianças.
É muito comum justamente pela sensibilidade local, as crianças se recusarem a fazer a higiene bucal, como consequência podem surgir sangramentos e mau hálito, além de aumentar os riscos da infecção se agravar. Portanto a higiene bucal deve ser realizada com gazes embebidas em soro fisiológico para limpar as gengivas e os dentes com muita delicadeza e paciência.
Se o diagnóstico for feito precocemente e o tratamento adequado for realizado corretamente é raro haver complicações. As maiores complicações são pela desidratação uma vez que a criança por conta das feridas tende a recusar a ingestão de líquidos, por isso se precisa estar atento para a oferta de alimentos adequados que despertem o interesse da criança pela ingestão dos mesmos e outra complicação comum da estomatite é a gengivite, que é uma inflamação nas gengivas provocando sangramento na região.
A complicação mais grave é relacionado ao vírus da herpes que pode atingir os olhos, causando danos graves e permanentes na visão das crianças, portanto se notar que seu filho está com os olhos vermelhos, irritados e sensíveis juntamente com os demais sintomas que já foram citados característicos da estomatite, procure um pronto atendimento o mais rápido possível, pois pode ser que a infecção viral tenha alcançado a córnea.
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