Hoje tem super post das psicólogas Paola Richter 07/25621 e Natana Consoli 07/25622 da página Eaí Psi? falando sobre mais um tema bem importante e bem complicado para nós pais, a adolescência dos nossos filhos!
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Já ouvimos de muitos pais que a idade mais difícil para cuidar e educar os filhos não são os primeiros anos, mas sim os anos da adolescência e vocês pais, devem ter ouvido inúmeras vezes a frase “vocês não me entendem” ou “vocês são os piores pais do mundo!”. Ter um filho adolescente nos dias de hoje realmente é um desafio. Os pais tentam disputar um espaço na vida deles o tempo todo, lutando contra a internet, a tecnologia, as redes sociais e os amigos. Nessa luta os pais sempre acabam em desvantagem, pois são vistos como os “chatos” ou “fora de moda” pelos filhos.
Na teoria, consideramos o período da adolescência entre os treze a dezenove anos, mas na prática, alguns podem iniciar esse período um pouco antes do que outros. A adolescência pode ser entendida como um novo nascimento, literalmente a palavra “adolescência” significa brotar, sendo, no entanto, uma fase de descobertas. Nessa fase tudo é vivido de forma mais intensa e os adolescentes anseiam por sensações novas.
A adolescência é marcada pela busca de si, descoberta de uma nova identidade, no qual há uma necessidade e uma forte tendência a se unir a grupos de amigos. Ao mesmo tempo que os adolescentes planejam mudar o mundo, não querem seguir regras e padrões sociais, querem ser diferentes, eles tem necessidade de se sentir parte de um grupo, por isso se unem tão fielmente aos amigos.
Atitudes sociais reivindicatórias, contradições, constantes flutuações de humor, necessidade de intelectualizar e fantasiar e crises religiosas são sintomas normais e esperados nessa fase. O adolescente quer buscar sua autonomia, porém, isso ainda é um desafio para ele, que se sente bastante perdido, afinal, eles não são mais crianças mas ainda não são adultos.
A queixa que mais ouvimos dos pais é a dificuldade de dialogar com os filhos adolescentes e de impor limites, pois quando tentam recebem portas na cara e gritos. Em primeiro lugar, para conseguir conversar com adolescentes precisamos ser um pouco mais flexíveis e ter um pouco mais de jogo de cintura para dar ordens, afinal, eles não são mais crianças e detestam ser mandados!
Nossa dica é se aproximar do mundo deles ao máximo, se interessar pelas coisas que eles gostam, ouvir a opinião deles. Geralmente eles têm uma opinião formada sobre tudo e muitas vezes são opiniões bem radicais, mas mesmo assim, deixem eles falarem, procurem saber o que os levou a formar essa opinião e, se discordarem, coloquem a opinião de vocês, sem dizer que a deles está errada.
Adolescente é intenso, logo, se ele tiver um problema vai ser um baita problemão. Talvez para você, adulto, aquilo não seja nada, mas para eles, naquele momento, é tudo. Então, não minimize a intensidade dos sentimentos deles, ao contrário, digam que vocês entendem que eles se sintam assim e ajudem eles a encontrar soluções.
Limites… limites são importantes em todas as idades do desenvolvimento e não está fora dessa! Nessa fase, eles ficam um pouco confusos e tendem a agir por impulso e algumas vezes de forma irresponsável, tendo em vista que não gostam de seguir regras, por isso é essencial que os pais sejam firmes quando for necessário e eles estiverem se colocando em situações de risco.
Sempre que vocês não permitirem algo, expliquem o porque dessa atitude, nunca digam apenas não, justificando que eles são muito novos. O mesmo serve para quando eles fizeram algo de errado, expliquem o porque foi errado e deem outras alternativas de maneiras que eles poderiam ter agido.
E, por fim, orientem e conversem sobre todos os assuntos com seus filhos adolescentes! Não entrem nessa de achar que eles ainda são muito novos para falar sobre certos assuntos, como sexo e drogas, por exemplo. Se você não falar, eles vão descobrir através dos amigos e da internet, o melhor é tratar esses assuntos com naturalidade.
Adolescentes não são difíceis, nem aborrescentes e eles também não odeiam suas famílias, eles apenas estão deixando de ser criança e se preparando para tornarem-se adultos. Eles quem ser independentes, mas não sabem muito bem como, eles querem mudar o mundo mas deparam-se com dificuldades a todo instante, eles precisam enfrentar o primeiro beijo, o primeiro encontro, a primeira transa, o primeiro emprego, a vida nas baladas, tudo isso com uma oferta enorme do mundo lá fora e o desejo de experimentar o novo alinhado com o receio de não saber se deve ou não….
Então, quanto mais ele sentir que tem pais amigos e mais próxima for a relação de vocês, mais ele sentirá vontade de compartilhar suas experiências, dúvidas e sonhos, consequentemente ficará mais fácil para vocês acompanharem o que seu filho faz fora de casa e saber se pode confiar nele.