Nós mães sempre estamos atentas ao calendário de vacinas, às consultas periódicas ao pediatra, as técnicas de desenvolvimento psicológico e a tudo mais que envolve a boa saúde e crescimento dos nossos filhos.
Se você é mãe de meninos como eu, já ouviu falar sobre fimose. Você sabe que é uma condição médica que ocorre no pênis e que se não for corrigida, uma cirurgia será necessária.
Considerando que a maioria dos meninos que nascem no Brasil (97% dos meninos que nascem, segundo o Portal da Urologia) possuem fimose e que ela vai sumindo conforme a criança cresce, essa quantidade de informação seria o suficiente, certo? Errado.
É preciso conhecer à fundo essa condição para saber como agir no caso do diagnóstico que precisa de tratamento.
A fimose é uma condição inicialmente normal nos bebês, pois a maioria nasce com a pela que recobre a glande do pênis “fechada”. Com o desenvolvimento do bebê, o prepúcio (a pele que recobre a glande) vai se descolando e a maioria das crianças com 3 anos já estão com a fimose totalmente curada sem necessidade de nenhum tratamento específico ou cirurgia.
Quando isso não ocorre naturalmente, temos a fimose que necessita de um tratamento médico e um urologista pediátrico deverá ser consultado para examinar e indicar o tratamento correto para o caso.
A fimose não permite que a glande saia confortavelmente do prepúcio, e isso pode dificultar a higienização interna, deixando o ambiente propenso para infecções, considerando que a urina, um mecanismo para expulsar impurezas do nosso corpo, pode ficar armazenada em uma forma de bolsa.
A fimose não tem causas hereditárias nem uma pré-condição que faça com que determinado bebê nasça com a fimose.
Alguns pediatras recomendam que as mães façam pequenas massagens que forçam a saída da glande, porém, alguns urologistas afirmam que esta massagem pode originar uma fimose aonde não iria haver, pois a cicatrização por consequência de um exagero neste movimento pode tornar a pele mais dura e fibrosa, dificultando o processo natural. Por isso, é preciso fazer um movimento gentil para deslizar a pele, e apenas para a limpeza local.
A fimose também pode acontecer na fase adulta, e chamada de fimose secundária. Ela pode ter origem em processos inflamatórios recorrentes com cicatrização e formação de um anel, ou por uma fimose que passou desapercebida durante a infância. Esses casos normalmente são descobertos quando o homem começa a ter ereções mais vigorosas e por causa do anel, sentem dor. A fimose também pode causar dor na relação sexual e diminuir o prazer, já que a glande do pênis terá menos contato com o órgão reprodutor da parceira.
Após a análise do urologista, ele pode optar por um tratamento inicial com pomadas, ou partir diretamente para o tratamento cirúrgico, a chamada postectomia. Ela é uma cirurgia de baixa complexidade e rápida, e a criança tem alta no mesmo dia em quase todos os casos.
Ela não causa dor nem desconforto no pós-operatório, mas a criança ou adulto poderão sentir estranheza e necessidade de adaptação para urinar, o que é natural dada a mudança local.
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