A gravidez é um dos momentos mais sublimes da vida de uma mulher, mas é inegável que há inúmeros incômodos durante os noves meses e até um pouco depois.
Essa é uma das coisas que realmente atingem todas as grávidas. Nessa terceira gestação tenho experimentado desde o começo, ainda mais porque moro em uma região muito quente, então com o calor excessivo do Mato Grosso somado ao ar seco, resultam em retenção de líquido constante. Minhas formas de amenizar esse problema é tomando muita água, chás, comendo frutas ricas em líquidos como melancia, melão etc, evitar comer alimentos com excesso de sal, que ajudam na retenção, e fazer drenagem linfática e acupuntura, que ajuda demais a sentir o corpo mais leve, as pernas menos cansadas, colaborando com a expulsão dos líquidos. Além disso, também foco em fazer exercícios mais leves como yoga e caminhada, que também ajudam muito.
Como dentista formada, acho muito importante manter o trabalho preventivo da saúde bucal, porque o fluxo sanguíneo aumenta muito durante a gestação e é também quando os inchaços são comuns e, consequentemente, a gengiva pode inflamar com mais facilidade, causando a gengivite.
Outra questão que acontece na gravidez é o aumento da sensibilidade. Muitas mães ficam com a boca mais sensível, muitas apresentam mudança no paladar e sentem bastante enjoo durante as escovações, e é aí é quando algumas acabam deixando o cuidado de lado.
Nas minhas gestações, tive menos enjoo com pastas mais cítricas, então acho muito válido buscar por opções para manter a escovação em dia. Observe também a necessidade de a pasta conter flúor, mesma coisa para o uso do fio dental, que também deve ser mantido. Atenção especial às escovas de dente, que devem ser macias para não desgastar o esmalte dos dentes, já que nessa fase a boca da mulher é mais ácida. É importante também estar atento a limpeza da língua, que em geral concentra mais bactérias. Recomendo a raspagem da língua pelas manhãs.
A limpeza também é importante depois do nascimento do bebê, já que a microbiota da boca da mãe vai ser o primeiro contato mais próximo da criança com as bactérias bucais. Se a mãe estiver com a higiene ruim, ela vai passar essa microbiota ruim para a criança. Isso pode gerar uma tendência maior do bebê a desenvolver cáries, e outros problemas bucais.
As dores nas costas são muito comuns em grávidas, porque o centro de gravidade muda com o peso da barriga. Ao contrário do que muita gente pensa, a quiropraxia pode ser feita em grávidas, desde que com muito cuidado, e claro, seguindo recomendação do profissional quiropata e do obstetra. O tratamento ajuda muito com as cores nas costas que vão piorando conforme a barriga vai pesando, com a dificuldade de encontrar posições confortáveis para dormir e a relaxar pontos de contração de músculos que causam desconforto.
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Aderi a acupuntura depois que descobri que a técnica pode ajudar em pelo menos 16 desconfortos mais comuns na gestação como constipação intestinal, retenção de líquido, enjoos, ansiedade, dores nas costas, dor
de cabeça, controle de diabetes gestacional, – ponto que muitos não sabem que a acupuntura ajuda -, na recorrência da infecção urinária, no controle do parto prematuro ou em caso de contrações antecipadas. Além disso, a acupuntura pode acelerar o trabalho de parto e inverter o feto para uma posição que favoreça o parto natural. A acupuntura aliada à ingestão de líquidos e dieta equilibrada é fundamental para manter a saúde na gravidez.Uma outra preocupação minha é a diabetes gestacional. Fiz e faço acompanhamento bem de perto com a minha médica, e é um tema importantíssimo e pouco abordado, que pode trazer complicações não só para a mãe, como também para o bebê. Por isso, o diagnóstico precoce é essencial para o tratamento.
Por conta disso, em todas as minhas gravidezes sempre foquei em manter uma alimentação saudável e balanceada, justamente para evitar quaisquer riscos como a própria diabetes gestacional, mas também da pressão e colesterol altos, já que o estilo de vida está entre um dos principais fatores dessas doenças.
A diabetes gestacional é quando a gestante apresenta níveis glicêmicos alterados em exames laboratoriais, sem ter diagnóstico de diabetes antes da gestação. As mamães podem sentir mais sede, fome e vontade de fazer xixi constantemente. Há também aquelas que não apresentam nenhum sintoma, mas que possuem resultados alterados. Isso acontece porque devido à gravidez, toda mulher vai ter uma resistência maior à insulina por conta dos hormônios placentários, dificultando que a glicose chegue para nutrir as células. Mas no caso da gestante diabética, isso é mais intenso, e por isso, sobra mais glicose na corrente sanguínea. O excesso de açúcar na corrente sanguínea da mãe passa para o bebê, que também fica com excesso de açúcar no sangue, fazendo com que ganhe mais peso, que viva em um ambiente com tendência a ter menos oxigênio disponível e maior sofrimento fetal. Após o parto, ele perde o aporte de açúcar da mãe, ocasionando em graves hipoglicemia neonatais.
Já a infecção urinária é o problema mais comum que atinge grávidas e puérperas, mas que precisa de um cuidado especial, já que é tratado com uso de antibióticos. Alguns dos sintomas são comuns, como frequência elevada de idas ao banheiro, mas outros como ardência ao urinar e dores na região íntima ou na dos rins, são sinais de alerta importantes, como também a febre. Por isso o acompanhamento médico é tão importante.
É essencial, apesar dos enjoos, que as grávidas tomem muita água. O que tem me ajudado muito é fazer jarras com rodelas de limão e deixar sempre perto de mim. Isso me ajuda muito a ingerir mais líquidos.
As gestantes, em especial, precisam estar muito atentas quanto ao tratamento correto da infecção urinária. Primeiro porque o antibiótico é receitado para uso individual, ou seja, o médico avalia caso a caso na decisão pelo uso do melhor medicamento, além dos exames de urina simples e urocultura e claro, os sintomas da paciente. Outro ponto muito relevante e por isso preocupante, é que as infecções são os grandes fatores de partos prematuros e sepse neonatal. Também podem complicar para uma pielonefrite (infecção dos rins) o que aumenta a mortalidade materna e fetal. É importante também, reforçar que o uso dos antibióticos deve respeitar o tempo de duração do tratamento indicado pelo médico, não podendo ser interrompido antes ou depois do prazo indicado.
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