Entenda como a contação de histórias infantis auxilia no aprendizado.
Um dos primeiros caminhos para transmitir conhecimento às crianças e estimular a imaginação delas é a contação de histórias. Essa é uma prática interessante de ser usada nas escolas, principalmente na educação infantil, já que incentiva a criatividade e possibilita diversas formas de expressão e de interação entre os pequenos. Em sala de aula, é possível mudar o espaço, contar histórias em círculos e criar um ambiente agradável para os alunos ficarem confortáveis e atentos ao que é dito.
Contar histórias para as crianças também auxilia no desenvolvimento da escrita, da oralidade e da percepção de símbolos. Quer saber mais sobre a importância da contação de histórias na educação infantil? Acompanhe o post!
Contar histórias infantis é uma prática antiga na sociedade. A oralidade é um mecanismo usado há muito tempo para propagar a cultura, expressando sentimentos, conhecimentos e experiências – o que mantém tradições e costumes. Um fator que interfere nisso é a maneira como são contadas, que muda o impacto nas pessoas que as escutam. Por isso, atente à entonação da voz e ao vocabulário usado para que as crianças não tenham dificuldade em compreender as histórias.
As crianças podem associar as histórias infantis que leem ou escutam com situações que elas vivem, o que ajuda no desenvolvimento de formas de lidar com dificuldades, sentimentos e emoções. Além disso, é um estímulo à memória, já que relembram experiências que viveram ou que escutaram seus parentes contarem, por exemplo. Com essa prática, as crianças encontram, no momento de leitura, um caminho para criar relações entre memórias e afetos.
Para todas as idades, a leitura enriquece o conhecimento; mas principalmente durante a educação infantil, uma fase de muitos aprendizados, desenvolvimento de habilidades, ampliação de vocabulário e estímulos da imaginação. Quando uma história é contada, a mente começa a imaginar o enredo dela, assim como acontece com a leitura. Então, desde cedo é importante adotar essa prática para que as crianças aprendam a ter gosto pela leitura, que incentiva e desenvolve a curiosidade.
Ao escutar as histórias infantis, as crianças podem se expressar, mostrar os seus sentimentos e ter diferentes reações, que podem representar a visão de mundo delas. Além disso, será um momento para compartilhar vivências e opiniões. Os contadores da história, geralmente os professores, podem incentivar a participação dos alunos com a prática da leitura interpretativa.
Para dar mais liberdade à participação e facilitar a interpretação dos alunos, use recursos cenográficos, com visual e som atrativos, por exemplo. Além disso, o tema da história pode dar espaço para debater outros assuntos da vida escolar, como bullying. A interação com assuntos que têm relação com a convivência humana também pode ser um momento de conscientização.
Desde cedo, a contação de histórias infantis permite o contato com vários tipos de linguagens, o que faz as crianças perceberem as várias formas de contar e de entender uma história. As experiências pessoais ajudam na percepção e na valorização das situações contadas, além de estimular a imaginação, já que elas também pensarão na aparência dos personagens e nos cenários. Com essa ação, a interpretação textual dos alunos também é desenvolvida.
É importante lembrar da diversidade entre as crianças, por isso busque a inclusão dos alunos nas diferentes maneiras de perceber e contar as histórias. Os educadores podem contá-las e os alunos podem escutá-las de olhos fechados. Em seguida, peça para que eles retratem as sensações que tiveram. Você também pode fazer atividades que incluem outras línguas, como inglês, espanhol e Libras, com a ajuda de um intérprete, por exemplo.
Esses são alguns fatores que mostram a importância da contação de histórias para a educação das crianças. Confira outros posts com dicas para aplicar na escola em nosso blog:
A contação de histórias é uma forma lúdica de transmissão de conhecimentos e um poderoso estímulo à imaginação. Por auxiliar no desenvolvimento físico, cognitivo e socioemocional das crianças, se destaca como uma importante aliada da educação infantil.
Considera-se uma das maneiras mais antigas de difusão de valores tidos como necessários para o estabelecimento de uma convivência harmoniosa entre os humanos. Assim, mais do que uma ação educativa prazerosa, ela proporciona aos pequenos uma compreensão alargada do mundo, bem como a construção das identidades culturais via memória oral.
Diferentes modos de expressão são estimulados, o que facilita as interações e até o entendimento das próprias emoções. Tudo isso sem falar que a atividade ajuda a reinventar o espaço da sala de aula, tornando-o mais divertido e atrativo aos sentidos.
Para saber mais sobre a diferença entre ler e ouvir narrativas, os benefícios da contação de histórias para a educação infantil e como introduzi-la no ambiente escolar, continue a leitura!
Aproveite e confira:
O contador é aquela figura que atrai a atenção das crianças e dos jovens, porque apresenta o mundo da literatura de uma forma bem diferente da usual. Ele sabe usar a voz e o corpo para dar vida às histórias que narra, permitindo que o ouvinte se identifique e seja capaz de elaborar sentimentos como raiva, medo, alegria etc.
É comum que o texto escrito seja usado como suporte, no entanto, a contação de histórias abre brechas para o improviso e a imaginação daquele que está contando. A prática se faz no momento presente, a partir da interação entre o contador e o ouvinte, ou seja, esse último manifesta um igual protagonismo no processo.
Não há dúvidas de que a atividade é bastante animada, divertida e prazerosa e que transforma o espaço da sala de aula. No entanto, o âmbito educativo também deve ser ressaltado, uma vez que favorece o desenvolvimento cognitivo, físico e socioemocional das crianças.
Nesse contexto, a contação de histórias assume um lugar de suma importância para a educação infantil. A seguir, vamos conhecer os principais benefícios da prática!
A oralidade é uma ferramenta muito antiga de transmissão da cultura, dos conhecimentos e das experiências entre as gerações, elementos que mantêm vivas as tradições e os costumes de cada grupo. Esse arcabouço de referências culturais permite a orientação da criança no mundo e a construção de suas próprias identidades.
Ao ouvir uma história, os pequenos associam aquilo que é narrado às suas próprias vivências. Esse processo de identificação colabora para que eles encontrem recursos para lidar com situações, conflitos e emoções. A contação de histórias também é um importante meio de resgatar as memórias afetivas.
Aqueles que ouvem histórias desde cedo costumam se tornar leitores vorazes! A leitura, por sua vez, é muito valiosa no processo formativo dos indivíduos, já que amplia o vocabulário, colabora no desenvolvimento de habilidades socioemocionais
e estimula a curiosidade, a imaginação e a criatividade.A contação de histórias permite o contato com diferentes linguagens e maneiras de contar um mesmo acontecimento. A articulação entre corpo, voz e recursos cênicos possibilita o alargamento do imaginário e dos sentidos, assim como ajuda na interpretação textual. Vale lembrar que é uma prática interativa, isto é, exige a participação ativa das crianças na construção da narrativa.
Como já foi dito, ouvir histórias não é um ato puramente receptivo, muito pelo contrário, nós reagimos a elas de diversas formas. Ao passo que provoca formas individuais de reação, expressão e observação do mundo, é fundamental que a contação se transforme em um espaço de troca, de compartilhamento. Os educadores podem estimular a participação por meio de uma leitura interpretativa ou abordando temas condizentes com as vivências dos alunos.
Opte por ambientes aconchegantes e tranquilos, como a própria sala de aula. Se decidir fazer a contação em lugares externos, certifique-se de que não há muito trânsito de pessoas ou outros elementos que possam causar distração. Em virtude da pandemia de Covid-19, muitas aulas estão sendo feitas no formato on-line, para tanto, solicite aos pais que preparem um local da casa que possibilite a concentração e a interação da criança com as histórias que estão sendo contadas.
Tenha sempre em mente quem são os seus ouvintes na hora de escolher as histórias que vai contar. Considere a faixa etária e os interesses. Uma dica legal é começar a construir um banco de histórias, mantendo-as em uma pasta ou livro, para que tenha em mãos várias opções disponíveis para escolher de acordo com o seu público.
Para prender a atenção da garotada, é essencial que as histórias sejam narradas com fluidez e espontaneidade. Por isso, não se preocupe em decorá-la por completo. Memorize apenas aquelas partes que considera importantes e deixe o improviso tomar conta do resto. Para criar imagens na mente dos pequenos, reforce aquelas palavras interessantes com sua voz e gestos.
Os recursos cenográficos contam muito na contação de histórias, pois estimulam a fantasia e ajudam a dar vazão aos sentimentos das crianças. Assim, separe objetos e acessórios diversos e, de preferência, bem coloridos. Livros infantis, fantoches (ou dedoches) e mesmo materiais de uso cotidiano são excelentes alternativas.
O corpo e a voz são as ferramentas básicas do contador de histórias. As expressões faciais e as diferentes vozes dos personagens são os elementos que darão forma à narrativa, fazendo com que ela adquira sentido para as crianças. Vale lembrar que para ser um bom narrador, é preciso ser antes um bom leitor. De resto, a prática leva à perfeição!
Você já ouviu sobre o #ContEi pra você? Ele é um conteúdo de contação de histórias para toda a família baseado nos materiais do Programa Escola da Inteligência. Os episódios são liberados todos os sábados no Instagram da Escola da Inteligência e no YouTube EI Kids. Pais, avós, tios e tias, chamem as crianças para assistirem juntos, se divertirem e ainda aprenderem sobre as competências socioemocionais com os personagens da EI!
Por fim, se esse assunto despertou o seu interesse e você gostaria de saber um pouco mais sobre a importância da contação de histórias na educação infantil, entre em contato para, juntos, construirmos essa história!
Criar histórias a partir das experiências das crianças certamente será um momento de aprendizado e diversão. Essa estratégia certamente dará efeitos positivos porque os pequenos irão se reconhecer nas histórias. Imagine o exemplo: nenhuma criança é uma princesa no alto da torre de um castelo, mas elas podem se imaginar em situações que acontecem na hora do recreio, não é mesmo?
Ao ouvir as histórias, as crianças podem sentir desejo de contar histórias de terceiros ou suas próprias. Incentive isso! Oferecer oportunidades para que elas construam histórias pode desenvolver novas motivações, além de apoiar o aprendizado narrativo.
Outra dica é chamar as crianças para construir a história a ser contada. Você pode fazer uma contação colaborativa, em que vocês contarão a mesma história, juntos. Para deixar a atividade ainda mais interessante, chame uma criança diferente de cada vez para ajudar na narração.
Se a intenção é que os alunos contem as próprias vivências, a dica é pedir para que cada um narre como foram as férias escolares ou o fim de semana, por exemplo.
Para envolver as crianças, você pode usar espaços além da sala de aula. Como ir ao parquinho, ao pátio ou a outro ambiente escolar que faça sentido com a história contada. As crianças vão amar sair e explorar novos lugares.
Mais uma dica legal é incluir as famílias na contação de história. Estimule os pais a narrar histórias para as crianças e até mesmo o contrário, ou seja, ensinar as crianças a contar para os pais e outros amiguinhos, as histórias que aprenderam.
É claro que cada professor terá uma abordagem e ferramentas pessoais, mas seria bom buscar inspirações nos lugares certos. Quer saber como e onde? Confira dois canais que fazem um excelente trabalho na contação de histórias:
O canal no YouTube “Fafá conta histórias” é da atriz e contadora de histórias Flávia Scherner. É uma ótima escolha para quem busca inspiração de como contar histórias e envolver as crianças de uma forma lúdica e gostosa.
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