A síndrome da morte súbita é a principal causa de mortes em bebês de até 01 ano de vida. Apesar de ser rara, a síndrome da morte súbita infantil é um evento totalmente inesperado e traumático para os familiares e, por isso, é uma das maiores preocupações de pais e mães. No Brasil, sua incidência é de aproximadamente 1 a 5 casos para cada 10.000 bebês.
O diagnóstico da síndrome da morte súbita é extremamente difícil, pois ele só é percebido após a catástrofe, pois se define pela morte súbita de uma criança com menos de 01 ano de idade, porém sem nenhuma explicação, mesmo com intensas investigações e autópsia. Por isso, sua identificação só acontece depois de descartadas todas as possibilidades que levariam a morte de um bebê, incluindo maus tratos, acidentes, infecções, envenenamento ou doenças genéticas, e, por isso, somente aproximadamente 15% dos casos de morte súbita são identificados.
Anormalmente, os casos de morte súbita acontecem com os bebês durante o sono. Não há explicações para quais fatores levariam a esse acontecimento e se há tendências genéticas, apenas, sabe-se que o período mais perigoso para a ocorrência da morte súbita é entre 2 e 4 meses de vida. Algumas possibilidades, porém, já foram descartadas, como uma reação à vacinações e possibilidade de contrário. Não foram encontradas evidências hereditárias que levariam a esse quadro e, em uma observação às famílias, o risco de alguma que já teve um caso de morte súbita infantil repetir o episódio com um segundo filho é de apenas 1%.
Existem algumas teorias que tem ganhado grande aceitação científica a respeito de possíveis causas da morte súbita infantil, como a de que talvez ocorra um atraso da maturidade do tronco cerebral do bebê
– área responsável pela respiração, batimentos cardíacos e pressão arterial, que é corroborada pelo fato de que a morte súbita infantil ocorre com mais frequência em bebês prematuros ou com baixo peso no nascimento.Em pesquisa com os bebês que sofreram morte súbita, pôde-se identificar que todos eles apresentavam pelo menos 1 fator de risco e 88% apresentavam pelo menos 2 fatores de risco. Por isso, apesar de haverem essas situações, deve-se considerar que a morte súbita deva ter uma causa multifatorial. Nessa teoria, bebês propensos à morte súbita também têm mais dificuldades em acordar em situações de estresse, como excesso de calor ou baixa oxigenação.
Dormir de barriga para baixo destacou-se como o principal fator de risco, estando presente em 75% dos bebês pesquisados. Isso ocorre porque bebês com o córtex cerebral imaturo tem maiores dificuldades em reconhecer situação de sufocamento.
Juntamente com dormir de bruços, ambientes muito quentes podem dificultar a respiração do bebê, sendo um segundo fator de risco principal.
Mães que fumaram durante a gravidez ou logo após o parto acabaram por expor o bebê ao fumo passivo, aumentando o risco de morte súbita pelo contato precoce com a fumaça e outras toxinas do cigarro.
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