Gravidez

O que é parto humanizado?

Você já ouviu falar no parto humanizado? Essa prática ganhou cada vez mais espaço entre as mamães que desejam evitar os procedimentos cirúrgicos realizados nos hospitais. Então, se você quer saber mais sobre o que significa esse conceito, não deixe de ler até o final!

Primeiramente, é preciso esclarecer que o parto humanizado não deve ser entendido como um tipo de parto. Afinal, só existem duas classificações para isso: o parto normal, onde os bebês nascem sem intervenção cirúrgica, e o parto  cesária, onde é realizada uma cirurgia para que ele venha ao mundo.

A humanização do parto pode ser entendida, portanto, como uma prática. Como o termo humanização sugere, isso significa que o momento do parto costuma ser mais gentil, íntimo, um momento de interação entre a mamãe, o papai e o próprio bebê.

É justamente por isso que cada vez mais mulheres optam por esta prática. Ela oferece uma oportunidade única para que a mãe e o bebê criem um primeiro laço e aproveitem ao máximo a experiência do parto.

A ideia da humanização é baseada na crença de que o parto é um processo natural e cabe aos obstetras somente acompanhar o andamento, sem nenhum tipo de interferência. O médico se faz presente para atuar apenas no caso de alguma complicação, o que acontece apenas entre 15% e 20% das gestantes.

A definição oficial da Organização Mundial da Saúde (OMS) descreve que “humanizar o parto é um conjunto de condutas e procedimentos que promovem o parto e o nascimento saudáveis, pois respeita o processo natural e evita condutas desnecessárias ou de risco para a mãe e o bebê”.

Quais são as principais diferenças entre o parto humanizado e o parto normal?

O parto normal geralmente acontece dentro das condições dadas pelos hospitais. A gestante é posicionada de barriga para cima, com as pernas abertas e elevadas. Em muitos casos, são realizados procedimentos como a raspagem dos pelos pubianos e a contração do útero para facilitar a dilatação.

Uma equipe cirúrgica é disponibilizada para acompanhar todo o processo e, se necessário, intervir.

Muitas dessas práticas que acontecem no ambiente hospitalar já foram declaradas como desnecessárias pela OMS. Isso justifica o receio que muitas mulheres têm ao optar por essas condições.

De acordo com o Ministério da Saúde, o parto humanizado exige a criação de um ambiente acolhedor e que, ao mesmo tempo, conte com os procedimentos hospitalares de higiene e segurança. A gestante também conta com o acompanhamento profissional e pode se sentir segurança para trazer o seu bebê ao mundo.

A diferença é que a mãe passa a ser protagonista do próprio parto. Ela pode ficar na posição em que se sentir mais confortável, decide quem estará presente no momento do parto (já que, nos hospitais, geralmente só é permitida a presença do pai) e tudo o que fizer com que ela se sinta acolhida.

O obstetra só faz uma intervenção caso seja absolutamente necessário. Do contrário, todas as exigências e vontades da mamãe são respeitadas.

Quais são as recomendações da OMS para um parto humanizado seguro?

  • A gestante deve poder escolher quem estará presente no momento do parto;
  • A equipe média deve informar de forma clara todos os procedimentos que serão realizados, considerando todas as escolhas da gestante;
  • Respeito à dignidade, confidencialidade e privacidade da gestante durante todo o parto;
  • Realização de técnicas de relaxamento para a dor de acordo com as vontades da gestante. Podem ser consideradas as massagens, músicas e técnica de respiração para diminuir as dores do parto;
  • Alimentação e hidratação: Durante um parto humanizado, é essencial oferecer e permitir que a parturiente se alimente e beba água;
  • Respeitar a escolha da melhor posição para dar à luz de acordo com o conforto da gestante;
  • A equipe de assistência deve oferecer técnicas que aliviam e evitam lesões do períneo, como por exemplo massagens e compressas quentes;
  • O bebê deve ser entregue à mãe logo após o nascimento, permitindo o contato pele a pele;
  • A mamãe e o bebê não devem ser separados durante os primeiros dias de vida para que os laços familiares possam ser criados;
  • A amamentação deve ser estimulada logo após o nascimento.

O que não é recomendado para o parto humanizado?

  • Esterilização vaginal com clorexidina;
  • A depilação dos pelos pubianos para o parto;
  • Lavagem intestinal;
  • Cardiotocografia (monitoramento contínuo da frequência cardíaca do feto);
  • Negar analgesia, ou seja, negar a anestesia para diminuir as dores do parto;
  • Aceleração do trabalho de parto;
  • Romper a bolsa amniótica;
  • Episiotomia (inclusive, essa é uma das práticas mais criticadas do parto);
  • Manobra de Kristeller (compressa da parte superior do útero para acelerar a saída do bebê);
  • Corte do cordão umbilical antes de 1 minuto de vida;
  • Aspiração nasal ou oral no bebê.

Esses foram os procedimentos definidos pela Organização Mundial da Saúde para garantir que o parto humanizado seja uma prática saudável, segura e benéfica tanto para a mamãe como para os bebês.

Agora, você já conhece todos os benefícios do parto humanizado. Logo, basta conversar com a sua equipe médica para avaliar quais são as melhores opções de acordo com o seu perfil.

Lembre-se de que o importante é que você consiga aproveitar essa etapa tão especial da vida, trazendo o seu bebê ao mundo de forma segura e confortável para vocês dois.

Caso tenha restado alguma dúvida, deixe o seu comentário no espaço abaixo. E não se esqueça de compartilhar o artigo nas redes sociais. Assim, você ajuda todas as futuras mamães de plantão!

Equipe Sou Mãe - Beatriz Garcea

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