Verão, praia, calor e uma dorzinha de ouvido que teima em ficar. Muito comum em crianças nesta época do ano, a Otite Externa afeta a região do ouvido onde ficam o pavilhão auricular e o conduto auditivo que liga ao tímpano.
Também conhecida como “Otite de Praia”, ou “Otite do Nadador”, a doença é responsável por cerca de 3% de todos os atendimentos dos Prontos-Socorros cariocas no verão, como pontua o Dr. Gustavo Guagliardi Pacheco, médico otorrinolaringologista do Grupo Prontobaby. Segundo o especialista, o desconforto está associado à água do mar e da piscina.
“O ouvido é extremamente sensível, nada pode entrar em contato direto com ele. Assim, apesar de, em condições normais, ele estar preparado para receber água, por vezes, uma grande exposição aquática pode levar a perda da proteção natural, o cerume, conhecido popularmente como cera de ouvido, que nada mais é do que uma secreção natural e protetora, que atua como barreira física e química contra contusões e micro-organismos. A Otite Externa é a infecção no canal auditivo causada por bactérias e fungos que podem surgir e começar a se multiplicar quando, por algum motivo, ocorrer uma diminuição na proteção ou um trauma na região”,
explica o médico otorrinolaringologista pela Associação Médica Brasileira e pelo Ministério da Educação.
Sabe-se que fatores ambientais, como altas temperaturas e umidade, além da poluição do mar, podem contribuir para o aparecimento da doença. No entanto, o especialista alerta que o problema não se desenvolve sobre a pele sadia. Isso porque muitas pessoas têm o costuma de introduzir objetos, como, por exemplo, os “tampões protetores”, no ouvido das crianças neste período de férias.
“Sem a devida orientação médica, eles impedem a aeração do conduto, produzindo uma irritação local e ferimentos. Um simples cotonete também pode causar um traumatismo acidental, provocando microtraumas sobre a pele sensível”, sinaliza o médico.
O otorrinolaringologista afirma que o cotonete tem uma função, não à toa é comercializado. “No entanto, o asseio desta região deve-se limitar à porção externa do pavilhão auricular, com movimentos circulares, jamais introduzindo a haste de algodão no meato acústico externo. A secreção ceruminosa tem sua produção limitada à porção mais externa do canal auditivo, de tal forma que, na maioria das vezes, a própria migração da pele a elimina naturalmente”, diz o médico ao orientar que é importante enxaguar a parte externa do ouvido com uma toalha macia, após o banho.
“Além disso, consulte um médico, se a criança tiver histórico prévio de otite, antes de iniciar uma atividade aquática regular ou em uma sequência de mergulhos em piscinas ou praias, seja nas férias ou em viagens. Procure um otorrinolaringologista, especialista em ouvidos, nariz e garganta, ao menor sinal de dor ou inflamação no ouvido”.
finaliza o médico.
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