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Perigos de puxar a criança pelos braços e nossa experiência!

Minha manhã de quarta-feira, pós feriadão tinha tudo para ser aquela quarta da preguiça, de ficar em casa, de organizar a casa (que estava do avesso), mas como nossos planos não são os planos de Deus, as coisas não caminharam bem nesse sentido…kkkk

Acordamos e eu estava brincando com a Bia no chão, ela se enrolou no meio das minhas pernas (que apesar de atrapalhar a caminhada eu amo as mãozinhas dela passando pelas minhas pernas, ou agarrando meu vestido…simplesmente amoooo), mas voltando a nossa história, nisso ela levanta os bracinhos e eu ergo ela do chão para deixá-la de pé, nada anormal, nada feito com força ou rapidez… assim que coloco ela de pé, ela começa a chorar… achei estranho, peguei ela no colo e achei que tinha pisado no dedinho dela (embora não me lembrasse disso), ela pegou a mãozinha esquerda e colocou sobre o braço direito, e isso me chamou a atenção, a partir dali ela não mexeu mais o braço direito… como meu marido ainda não tinha saído para o trabalho, pedi um help para ele, e ele começou a fazer movimentos com o braço da Bia… toda vez que ele movimentava o bracinho dela, ela chorava.

Decidimos levá-la imediatamente ao hospital pois não sabíamos se era algo grave ou não… o atendimento foi super rápido, apesar de só poder entrar um familiar (snif), achei melhor que o meu marido entrasse com ela, uma vez que suspeitávamos que ela tivesse deslocado o braço, se fosse realmente isso teriam que colocar no lugar e eu não teria coragem de passar por isso com ela, seria demais para meu coração de mãe… já chega as vacinas que tenho que segurar as perninhas dela, agora ver eles colocarem o ossinho dela no lugar e pior saber que você foi a causadora da dor dela, seria terrível! Então o maridão que tem coração mole mas quando preciso é forte para nos proteger, assumiu a bronca e ficou com ela lá dentro… eu fiquei do lado de fora do hospital agarrada ao celular esperando notícias pelo whats enquanto o papai passava por sessões de raio-x, médicos, etc… por fim veio o diagnóstico que ela tinha deslocado o cotovelo e tadinha teve que ser colocado de volta no lugar, aos prantos… sem anestesia, nem nada…minha pequena e sua primeira dor de verdade….oh Jesus, por quê?

Graças a Deus todo o processo desde a entrada até a saída do hospital não durou mais que 1 hora, e quando ela saiu já estava melhor… apesar de ainda sentir dor, com certeza nada comparado a dor de antes… fiquei feliz de ela não ter quebrado nada e não ter que precisar colocar tala ou gesso…daí sim eu ia me sentir pior ainda, Bia é muito fuzilica (no bom sentido), e vê-la ter seus movimentos restritos ia me deixar bem triste… quando ela chegou em casa só queria colinho e claro que dei muito, o dia todo… mas o que me doía mesmo, era quando ela queria pegar algo e não conseguia, por mais simples que fosse, como pegar um ursinho de pelúcia, ela tentava esticar o braço para pegar e doía e aí ela chorava… de dor, de frustração…isso me cortou o coração…por um momento pensei nas crianças que possuem alguma deficiência física, e isso me deixou muito pensativa…

Muitas vezes só nos damos conta da dor do outro, quando passamos por ela, me lembrei quando quebrei o pé e precisei usar muletas, eu ia para a faculdade e tinha que subir degraus, passar por corredores estreitos, e me lembro das pessoas as vezes não abrirem a porta para mim, ou não me darem licença para passar, nossa me senti muito mal e por um instante entendi um milésimo o que é ser uma pessoa com alguma deficiência, muitas pessoas simplesmente não ligam…triste, muito triste….mas pior do que você passar algo, é você ver seu filho passar por isso…isso sim corta o coração…ela passou o dia se esforçando para fazer as coisas e muitas sem sucesso, e eu animava ela para continuar tentando que ia passar… graças a Deus já no fim do dia, até na pracinha fomos (para sair um pouco de dentro de casa e dar uma espairecida), foi bom ela encontrou os amigos de condomínio e brincou, se distraiu, superou obstáculos, venceu o dia!

Aqui na foto curtindo um colinho do papai:

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De noite orei muito para ela ter um sono bom, sem dor, para ela poder dormir descansada e acordar curada e Deus cuidou dela! Acordou super bem, dormiu mais que a cama..kkkk…e hoje já acordou feliz e sem dor nenhuma, não chorou mais e voltou a fuzilicar! Coisa bem boa! Coração de mãe feliz e mais tranquilo!

Claro agora fica o receio e o maior cuidado para não pegar ela pelo braço (esticar), pois pode ser reincidente o deslocamento…..

Quero aproveitar e falar um pouco sobre isso, pois eu descobri que é bem comum em crianças abaixo de 5 anos de idade. Eu já tinha uma certa noção disso, por isso vivia reclamando com o marido para não fazer aquelas brincadeiras que todo pai faz, de puxar, esticar, jogar para cima, rodar, tudo isso esticado pelos braços… sempre pedia para ele não fazer, mas para ironia do destino a situação aconteceu justamente comigo, e isso que nem estávamos brincando, só fui levantar ela no chão, um ato super inocente e veja no que deu…então todo cuidado é pouco, afinal querendo ou não, ela ainda é um bebê em desenvolvimento, frágil apesar de parecer bem forte… muita atenção então papais!

Puxar a criança pelos braços pode causar: Pronação Dolorosa ou Luxação Ligamentar

A pronação dolorosa é uma lesão frequente no cotovelo de crianças abaixo de 5 anos de idade, ocasionada pela tração da mão e do punho no sentido longitudinal. O que ocorre, por exemplo, ao segurar a criança pela mão para evitar uma queda (muito comum), ou quando seguramos a criança pelo braço esticado para andar…

”Nesta idade a cabeça do rádio, osso lateral do antebraço, é envolta por um ligamento que se encontra frouxo, permitindo seu deslocamento ao ser tracionado”, aponta o especialista Marco Makoto Inagaki, do Instituto de Ortopedia de Londrina (IVOT) e Hospital Ortopédico de Londrina. ”Com esse deslocamento, ocorre uma luxação ligamentar e o osso acaba encostando no nervo e provocando uma grande dor no cotovelo, podendo se refletir também no punho e ombro.”
Inagaki cita que os primeiros reflexos de um possível caso de pronação dolorosa são a criança chorar ao ser vestida, sentir os movimentos do braço limitados e até mesmo evitar usá-lo.
Ele acrescenta que esse tipo de luxação, na maioria dos casos, logo se resolve com uma manobra realizada pelo ortopedista e as vezes é necessário o uso do gesso ou tala pelo período de aproximadamente uma semana. Casos que necessitem de cirurgias são muito raros.

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Sintomas de que seu filho pode ter tido uma pronação dolorosa:

– Algum movimento no braço provoca um pequeno estalo e a criança fica imóvel.
– Ela começa a chorar muito depois do ocorrido;
– Ela se acalma, mas fica querendo colo e com o braço imobilizado;
– Se encostamos em seu punho ou mexemos um pouquinho seu braço, ela volta a chorar.

O que fazer:

– Ir imediatamente a um hospital com atendimento ortopédico pediátrico;
– Pode ser que o médico solicite um raio-x para descartar a possibilidade de ter quebrado algum osso;
– Verificando que a criança não quebrou nenhum osso e o médico desconfiar de pronação dolorosa (luxação ligamentar) fará um movimento de rotação com o braço da criança e sentirá que o ossinho voltou pro lugar (foi assim com a Bia).