Você sabia que alguns cuidados simples durante a gravidez, como ter uma atenção dedicada a alimentação, atividade física, sono adequado e suplementar nutrientes, por exemplo, como o ferro, cálcio, ômega 3 e vitaminas, quando recomendadas por especialista, fortalecem o sistema imunológico e previnem que seu bebê desenvolva, em sua fase adulta, doenças como obesidade⁸?
O ginecologista Ben-Hur Albergaria (CRM 3775 – ES), Vice-Presidente da Comissão Nacional de Osteoporose da FEBRASGO e Secretário da Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo-ABRASSO, selecionou os principais nutrientes que não podem faltar no seu dia a dia nos próximos nove meses.
A Organização Mundial da Saúde recomenda que durante a gravidez e durante a amamentação, mulheres façam a suplementação de vitamina A para evitar o risco de anemia, infecções e cegueira noturna.
A vitamina A ainda é responsável pelo desenvolvimento do coração, aparelho circulatório e digestivo do bebê¹.
O complexo B é importante para o desenvolvimento de novas células.
Ácido fólico (B9) auxilia na formação do tubo neural e previne problemas que comprometem o desenvolvimento da coluna vertebral, cérebro, boca e lábios do bebê.
No Brasil a chance de mulheres brasileiras gerarem bebês com problemas de malformação dessas estruturas como a anencefalia, por exemplo (que á a ausência de cérebro) é de 1 para cada 1.000 bebês nascidos, em média.
Mas quando a grávida suplementa com a vitamina B9, o ácido fólico, essa incidência cai consideravelmente.
Segundo a Febrasgo o ácido fólico evita até 75% das malformações no tubo neural do feto, como anencefalia2-4.
Hoje, existem no mercado várias versões desse nutriente, procure seu médico para saber qual comprar e também a dosagem e o período que deve tomar.
Lembrando que se a gravidez for programada você pode começar a tomar ácido fólico antes de engravidar. Por isso fale com seu médico!
A vitamina D deve ser suplementada em mulheres grávidas que tenham baixa dosagem no organismo.
Este nutriente, em específico, tem papel importante na absorção do cálcio na dieta e, certamente, deve ser suplementada por orientação médica.
E ainda auxilia na redução do baixo peso fetal, assim como no menor risco de parto prematuro⁶; adicionalmente, a suplementação de vitamina D combinada com cálcio poderia reduzir a ocorrência de pré-eclâmpsia. ⁶
A dieta materna, desde antes da concepção, é de extrema importância para a saúde e desenvolvimento do seu bebê.
De acordo com a Associação Brasileira de Nutrologia, o consumo materno de DHA, presente em suplementos, é essencial para a formação de todas as membranas celulares do sistema nervoso central, podendo aumentar a acuidade visual, prolongar gestações de alto risco, aumentar peso do recém-nascido, melhorar imunidade e desenvolvimento cerebral do bebê⁵. Fale com seu médico sobre isso!
Anemia por deficiência de ferro é a carência nutricional mais prevalente no mundo, a anemia atinge todos os grupos sociais e blocos geoeconômicos, porém associa-se a condições sociais e ambientais inadequadas.
As gestantes se destacam como um dos grupos mais suscetíveis a anemia, devido à elevada necessidade de ferro, determinada pela rápida expansão dos tecidos e da produção de hemácias.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais da metade das gestantes seja anêmica nos países em desenvolvimento, enquanto nos países desenvolvidos a anemia afetaria cerca de um quarto das gestantes. ¹⁰
O cálcio, por sua vez, tem papel fundamental no desenvolvimento físico da criança, já que melhora a calcificação óssea, a força muscular e ainda promove a estabilidade do sistema imunológico.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a suplementação de cálcio para prevenir também a pré-eclampcia em todas as gestantes com dieta pobre em cálcio, ou seja, com o consumo menor que 900 mg de cálcio/dia.⁹
“Dentre os suplementos que são fundamentais para a gestante podemos citar o ácido fólico, cálcio, ferro, a vitamina C e o ômega-3. Além da vitamina D para aquelas gestantes que tenham baixa dosagem no organismo. A gestante deve ainda ter uma alimentação balanceada e também uma atividade física supervisionada. É importante frisar que mães desnutridas geram bebês desnutridos”, alerta o especialista.
Referências
1.Diretriz da Organização Mundial da Saúde para suplementação de vitamina A em grávidas.http://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/44625/9789248501784_por.pdf;jsessionid=CDB5C5B5C60A8C1BBD6600A566FD8324?sequence=31 (acesso em maio de 2018).
2.Santos LMP, Pereira MZ. The effect of folic acid fortification on the reduction of neural tube defects. Cad. Saúde Pública. 2007; 23(1):17-24.
3.Nascimento LFC. Prevalência de defeitos de fechamento de tubo neural no Vale do Paraíba, São Paulo. Rev Paul Pediatr. 2008;26(4): 372-7.
4.Da Cunha CJ, Fontana T, Garcias GL, Martino-Roth MG. Fatores genéticos e ambientais associados a espinha bífida. Rev Bras Ginecol Obstet. 2005;27(5):268-74
5.I Consenso da Associação Brasielira de Nutrologia sobre recomendações de DHA durante gestação, lactação e infância. Associação Brasielira de Nutrologia, International Journal of Nutrology 2014;7(3). Disponível em:< http://abran.org.br/wp/wp-content/uploads/2014/10/2014-Consenso-DHA.pdf>. Acesso em agosto, 2018.
7.Instutue of Medicine, Food and Nutrition Board. Dietery reference intakes. Thiamin, riboflavin, niacin, vitamin B6, folate, vitamin B12, pantothenic acid, and choline. Wahigton, D.C.: National Academy Press; 1998.
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