O bebê está chegando – e agora? Mil e uma tarefas e preocupações surgem junto da descoberta que a família ganhará um novo membro. Entre essas preocupações está a de preparar um quarto de bebê. Para os pais de primeira viagem, principalmente, a atividade pode parecer um bicho de sete cabeças: o que um bebê precisa? E quando a criança crescer? O que priorizar quando o ambiente é pequeno?
Começando com as dicas da arquiteta Nadja Bonan da Oficina 11.11, mãe da pequena Alice, dá dicas valiosas sobre como decorar o quarto do bebê.
Pensar sobre as expectativas para a decoração do quarto deve ser a primeira tarefa dos pais. Existem infinitas opções de móveis no mercado que podem gerar muitas dúvidas, portanto é importante se preparar e pesquisar referências de acordo com os gostos pessoais e as tendências. Comece definindo o estilo – moderninho, descolado, clássico ou provençal –, e os tons que serão a base da paleta de cores, assim ficará mais simples nortear as suas escolhas.
Nadia conta que está em alta mesclar itens de pequenos artesãos com peças de outros fabricantes.
“Outra tendência é o uso de gavetas com cores distintas ou fazendo degradê de cores. As composições de quadros, nichos, prateleiras, luminárias e esculturas em paredes tem tornado os ambientes bem mais descontraídos.”
Por falar em luminárias, a luz do quarto não pode ser muito forte.
“É importante utilizar o dimmer para diminuir ou aumentar a intensidade da luz para não incomodar o bebê.”
Dimmer: é um aparelho que muda gradualmente a intensidade da luz.
As cores apresentam influência direta sobre as pessoas, afetando sono, apetite e até o humor. As cores podem ser ativas, passivas ou neutras.
“Caso opte por uma cor cheia de energia como o laranja ou amarelo, procure combiná-las com cores neutras como o cinza, por exemplo, ou usar variações muito fortes do tom escolhido.”
Mas nada impede que você crie um quartinho todo colorido, desde que haja cuidado para harmonizar as cores.
Para criar ambientes tranquilos, cores como azul claro, verde, lilás e branco são ideais.
“Uma dica interessante é entrar com cores mais quentes em tapetes, sacos de brinquedos, mesinhas ou cadeirinhas. O importante sempre é encontrar o equilíbrio.”
Depoimento sobre a escolha pessoal de Nadja para o quarto da sua filha:
“Estou projetando agora o quartinho da minha filhinha que vai chegar, a Alice. Decidi por mesclar uma base de rosa claro e cinza, com alguns objetos em rosa mais escuro. Estou fazendo isso, pois quanto mais pigmentação de vermelho o rosa tiver, maior a agitação e irritabilidade o tom pode trazer. Na minha escolha, o mix entre o rosa claro e o cinza trará calma e movimento na medida certa.”
“Para decorar um quarto de bebê com praticidade, a primeira coisa que devemos levar em consideração é ter tudo a mão e facilitar ao máximo a circulação.”
A tarefa pode parecer difícil, principalmente em ambientes pequenos, mas em longo prazo tornará a rotina com o bebê mais simples.
Entre as dicas, destaca-se encostar a cômoda em paredes, não embaixo de janelas. Assim, o espaço acima pode ser aproveitado com barras, prateleiras, nichos para porta-fraldas e porta-objetos que auxiliam a troca do bebê.
“Para posicionar o berço devemos evitar correntes de ar, evitando deixá-lo entre a porta e a janela.”
Como nem todo ambiente comporta uma cama extra e poltrona de amamentação, é possível optar por usar apenas uma cama, ou só a poltrona. A vantagem de ter uma cama extra é que o móvel pode ser usado quando a criança crescer, facilitando a modificação do quarto sem grandes reformas.
Quartos pequenos são ambientes perfeitos para investir em soluções de mobiliário multifuncional. Em um dos seus projetos, a arquiteta Nadja Bonan criou um nicho no guarda-roupa que faz às vezes de trocador, com direito à barra de porta-objetos. Assim, o espaço é aproveitado ao máximo. A cabeceira da cama possui um nicho que comporta os livrinhos infantis e até o berço é adaptável, se tornando uma mini-cama para os anos iniciais da criança.
Mas tão importante quanto pensar nos atributos de decoração do quarto do bebê, é preciso contemplar os pontos primordiais que garantem a segurança dos pequenos. Para ajudar papais e mamães – principalmente os de primeira viagem –, na concepção do quartinho do sonhos, as arquitetas Ana Paula Briza e Fernanda Takadachi, da Triarq Studio Arquitetura, e Nicole Finkel, do escritório Nicole Finkel Arquitetura, reuniram sua experiência em dicas valiosas:
Antes de escolher os móveis pela cor, design, ou por qualquer outra tema encantador, é fundamental saber sobre o material e a concepção do produto.
“Na decoração infantil, contamos com muitas opções de berços e cômodas, em geral de madeira ou fórmica. Todavia, é importante salientar que as peças devem ser resistentes, com acabamentos atóxicos e o selo do Inmetro.”
A fim de evitar acidentes quando o bebê começar a crescer e explorar o seu ambiente, a profissional aconselha observar se o berço e a cômoda apresentam quinas arredondadas. Além disso, outro cuidado valioso com a segurança está relacionado à estrutura do berço.
“Atente-se ao estrado do berço, que precisa ser regulável e apresentar uma distância entre 2,5 cm a 6 cm, evitando assim que o bebê não fique com o pezinho preso ou caia por esse vão.”
Considerando que nos primeiros meses o bebê ficará deitado por muitas horas, o colchão precisa ser resistente, com densidade apropriada e proteção com contra infiltração de líquidos, antiácaros, fungos e mofo.
Já para a cômoda, a indicação é optar por gavetas com travas! Se não pode ter certeza que se as gavetas não tiverem travas você comprar travas e colocar nas gavetas, menos trabalho e mais seguro para seu bebê.
O lugar dos móveis, além de trazer funcionalidade para o quarto do neném, também é responsável pela segurança dele. Assim, o local do berço é uma decisão imprescindível na hora de montar o quarto.
“No projeto, busco identificar um lugar de fácil acesso. Evito também colocá-lo perto de janela, para que o bebê não fique exposto à corrente de ar ou evitar risco de queda.”
Cuidado nunca é em exagero quando se trata de crianças. Por isso, a arquiteta Fernanda Takadachi, da Triarq Studio Arquitetura, reforça a necessidade de colocação de grades e redes de proteção nas janelas, escadas, piscinas.
Outro ponto de atenção é a porta, que acaba sendo responsável por acidentes com os dedinhos dos pequenos. Como a porta não precisa ficar aberta ou fechada, os prendedores são recursos fundamentais.
Para completar, tapetes costumam figurar como vilões para quedas. Mas na verdade é indispensável para trazer aconchego ao quarto de bebê e também para os pequenos que engatinham ou estão começando a andar, a recomendação é escolher o modelo com fundo antiderrapante.
E aqui vocês podem ver como ficou o quarto das minhas duas filhas, uma bebê e uma criança:
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