Está chegando o grande dia do nascimento do bebê e a ansiedade da mamãe está a flor da pele. E por isso, todos os detalhes precisam estar alinhados, como alguns exames que são realizados após o nascimento do bebê. Um deles é o teste do coraçãozinho.
Mas o que é o teste do coraçãozinho? Onde pode ser feito? Que tipo de doença esse exame pode identificar?
O teste do coraçãozinho, também chamado de oximetria de pulso, é feito para medir a oxigenação e batimentos cardíacos logo nas primeiras 24 ou 48 horas após o nascimento do bebê.
O exame é rápido e sem sofrimento, e feito com uma pulseira colocada em um dos pés e em um dos pulsos do bebê.
Caso seja identificada alguma anomalia, o recém-nascido é submetido a um ecocardiograma para confirmação ou exclusão do primeiro diagnóstico sobre o sistema cardiovascular.
Embora não identifique 100% dos problemas cardíacos infantis, a importância do teste do coraçãozinho é devido à estatística da Sociedade Brasileira de Pediatria sobe cardiopatias congênitas.
O órgão afirma que 10 entre cada mil nascidos têm doenças cardíacas graves e desses dez, dois exigem tratamento imediato.
Confira também: A importância de fazer o teste do pezinho
O oxímetro é um sensor colocado no pulso da mãozinha direita e no tornozelo direito. O aparelho mede o oxigênio no sangue e batimentos no período de 3 a 5 minutos.
Há inícios de malformação cardíaca quando o nível de oxigênio é abaixo de 95% ou quando a diferença do nível de oxigênio for superior a 2% entre braços e pernas.
Caso for esse o resultado, o exame deve ser repetido uma hora depois. Se persistir, o bebê deve ser submetido a um ecocardiograma em até 24 horas após a segunda verificação.
O teste do coraçãozinho é obrigatório na rede pública de saúde desde maio de 2014, estando agregado aos testes do pezinho, orelhinha e do olhinho.
Esse exame foi incluído devido a sua importância, visto que muitas crianças morriam logo nas primeiras horas de nascimento em virtude de exames que comprovasse o aparecimento de alguma doença após o parto.
No teste do coraçãozinho, é possível detectar algumas doenças cardiopatias congênitas críticas.
Dentre eles, destaque para a:
– Cardiopatias com fluxo pulmonar dependente do canal arterial: doença rara que ocorre quando os pulmões não recebem sangue da válvula pulmonar.
A válvula pulmonar é uma válvula responsável pela separação do ventrículo direito do tronco da artéria pulmonar. Isso acontece devido problemas na valva ou falta de comunicação da valva e entre a válvula que bombeia o sangue na circulação sanguínea pulmonar, o ventrículo direito. A solução é fechar a válvula pulmonar para o coração receber sangue. Esse fechamento é feito através de cirurgia.
– Cardiopatias com fluxo sistêmico dependente do canal arterial: conhecida como SHCE, é uma doença rara que atinge 1 entre cada 5 mil bebês nascidos vivos, e tem ligação ao não desenvolvimento do lado esquerdo do coração. As áreas atingidas são a aorta, o ventrículo esquerdo e a válvula mitral. O tratamento consiste em três cirurgias nos dois primeiros anos de vida, ou então, transplante.
– Cardiopatias com circulação em paralelo: a aorta nasce do ventrículo direito e da artéria pulmonar do ventrículo direito. Essa má formação origina circulações sanguíneas paralelas e independentes. O principal sintoma é a irregularidade da oxigenação dos tecidos. Mas, também são observados taquicardia e incapacidade para ganhar peso.
Para esse caso, é necessária uma cirurgia para a solução do caso o mais rápido possível.
Antes da implementação do teste, muitos recém-nascidos recebiam alta hospitalar sem o diagnóstico, e podiam evoluir para choque, hipóxia ou óbito precoce, antes de receber tratamento adequado.
Por ser um teste não invasivo, não doloroso e de fácil execução, o teste do coraçãozinho tem mostrado uma elevada sensibilidade e especificidade para detecção precoce destas cardiopatias, podendo assim salvar vidas.
O teste do coraçãozinho é oferecido de graça pelo SUS, mas se for realizado em hospitais particulares, entra na grande dos exames que integram a triagem neonatal.
Neste caso, todo o junto tem uma média de custo de aproximadamente R$150,00.
Seja na rede particular ou na rede pública, os futuros papais precisam se informar sobre o teste logo que começar o pré-natal.
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