Quando a Sandy contou no programa “Mamãe Gentil” que estava batalhando para voltar à boa forma de antes da gravidez por causa de uma diástase, todo mundo achou aquilo novidade, afinal de contas, do pós-parto só falávamos do excesso de peso, das estrias, flacidez e cansaço.
Aliás, aqui tem uma dica sobre estrias da gravidez imperdível!
Porque ninguém falava dos músculos do abdômen antes da Sandy? Justamente o abdômen que é todo esticado e recebe várias dúzias de chute de um bebê que pensa estar dançando dentro da nossa barriga.
Pois bem, a verdade é que aproximadamente 2/3 das mulheres apresentam a diástase no pós-parto, mas com uma separação do músculo tão pequena, que fica quase imperceptível ou retorna com o tempo.
O que é a diástase?
A diástase é a separação dos músculos do abdômen com o crescimento da barriga. Também pode ocorrer nos bebês recém-nascidos, em indivíduos com variações de pesos bruscas (o famoso “efeito sanfona”) ou que carregam peso de forma incorreta (isso inclui levantar peso na academia ou no trabalho propriamente).
A diástase é mais comum em mulheres com mais de um filho com idades próximas, aonde não houve tempo para retorno por completo do abdômen na primeira gravidez, com bebês muito grandes ou que tiveram gêmeos ou mais filhos ao mesmo tempo, pois a barriga e o abdômen são muito mais exigidos. Mas naquelas que levam uma vida sedentária antes da gravidez também pode ser muito pior.
Como prevenir a diástase?
A melhor forma de garantir uma gravidez saudável de forma geral é o controle de peso. O acompanhamento de uma nutricionista antes e depois de engravidar garantirá que você não ganhe muito peso.
Exercitar também é preciso. Faça exercícios regulares, e quando estiver grávida, atividades leves que permitam a queima de calorias e ajude na postura correta da coluna.
Como identificar se tenho diástase?
O ideal é perguntar ao seu obstetra no seu acompanhamento do pós-parto. Ele fará o toque e indicará a necessidade ou não de um tratamento. Como foi dito, a diástase é muito comum, o que varia é o grau de separação dos músculos. As menores distâncias não precisam ser tratadas pois voltam com o tempo, mas àquelas com distâncias maiores poderão ser encaminhadas para exercícios específicos ou até para uma possível cirurgia.
**Por isso é importante ter a liberação do médico para iniciar os exercícios após o parto, mesmo aquelas que tiveram parto normal**
Outra dica é verificar se a região superior do umbigo se eleva muito quando você faz o início de um exercício abdominal simples (como levantar da cama). Fique um tempo nesta posição e pressione a região. Você conseguirá sentir se existe um espaçamento.
Tenho diástase mas não tenho o dinheiro da Sandy. O que fazer?
Tadinha, não estou pegando no pé dela. Mas trocando em miúdos, como você pode amenizar ou acabar com a diástase? Exercícios orientados!
Não corra para a academia e comece a série de abdominal mais punk que tiver, isso pode piorar seu problema. O ideal é consultar um profissional e fazer os exercícios supervisionados e aumentando gradativamente o esforço. O pilates é uma excelente opção, embora alguns exercícios tenham que ser evitados.
Faça uma alimentação consciente, você precisa estar saudável para você e para seu filho.
Se com o tempo não houver melhora no espaçamento, faça um retorno ao médico para que ele avalie a necessidade de uma intervenção cirúrgica. Neste caso, converse com ele também sobre seus planos futuros de ter outro filho ou não, pois isto será determinante para a continuidade do tratamento.