Você não vê a hora de seu filho dar os primeiros passos. Mas, atenção: não force o pequeno. Ele percorrerá todas as etapas e andará quando estiver pronto. Não compare seu filho a outra criança mais nova que já esteja andando. Tenha em mente que cada um é diferente do outro. Não o force a ficar de pé, quando ele prefere ficar sentado ou passar mais tempo engatinhando. O andar fecha um ciclo do desenvolvimento psicomotor, abrindo caminhos para novas conquistas. Mas caso seu filho chegue aos 16 meses e ainda não esteja dando uns passinhos é recomendável consultar o pediatra.
DE 0 a 3 MESES
O tônus cervical vai se desenvolvendo, ou seja, o bebê sustenta a cabeça sobre o tronco. E, aos poucos, vai mantendo a cabeça firme e seguindo um objeto ou pessoa que esteja no seu campo visual. É importante, ao segurá-lo, manter sempre o apoio de suas mãos no pescocinho dele. Com 3 ou 4 meses, ele rola e muda de posição no berço. É comum, um belo dia, seu filho surprendê-la deitado de bruços, depois de você tê-lo colocado de costas. Ou esteja do outro lado do bercinho.
DE 3 a 6 MESES
Nessa fase, ela começa a se relacionar de forma mais efetiva com as pessoas que a cercam e perceber melhor o que está à sua volta. Com 4 meses, o bebê rola para os dois lados. No mês seguinte, ele já pega um objeto com toda a mãozinha. Aliás, as mãos viram atração: com cinco meses, o neném brinca muito com elas.
A pediatra e chefe da UTI Neonatal do hospital Barra D´Or, Miriam Perez, observa um ganho importante da criança entre os 5 e 6 meses:
– Nessa fase, o tronco já está bem sustentado e a criança é capaz de sentar-se apoiando uma das mãos à frente do corpo.
DE 6 A 9 MESES
Nessa fase, ele transfere objetos de uma mão para outra. Aos 8 meses, dispensa o apoio da mão à frente no chão ao sentar-se. Aos poucos, começa a engatinhar. Mas atenção: há bebês que não engatinham, e isso não significa, necessariamente, comprometimento no desenvolvimento. Depois de algum tempo, ele ensaia ficar de pé, se apoiando com os braços nos móveis ou nas pessoas. As mãos, agora, servem para se apoiar nas laterais do corpo, quando sente necessidade. No final do trimestre, senta-se no chão ou na cadeirinha sem precisar de apoio.
DE 9 A 12 MESES
Nessa fase, os pés despertam muito o interesse da criança. Deitada, ela mexe nos pezinhos e os leva à boca. Passa a ter noções espaciais: aprende a que distância está o brinquedo, se basta apenas esticar o braço para pegá-lo ou se precisa sair do lugar e ir até o objeto. Aprende também a observar profundidade s, soltando um objeto em queda livre e observando sua trajetória até o chão. Essa percepção é importante na assimilação da idéia de que, aos dar os primeiros passos, deve aprender a cair sem se machucar.
Com cerca de 11 meses, ele caminha quando seguro pelas duas mãos. Aos 12, já caminha seguro por apenas uma das mãos. Depois, vem os primeiros passos sem ajuda. No início, com as pernas afastadas e braços levantados, procurando mais equilíbrio. Depois, as pernas vão se juntando e os braços ficando paralelos ao corpo.
Desfazendo um grande engano – A idade com que a criança começa a andar não tem nenhuma relação com a inteligência. Um bebê que dá seus primeiros passos com 10 meses não é mais inteligente do que outro que incia com 12 ou 13 meses. Cada um tem o seu tempo.
Andador não é aconselhável – Nada de ansiedade para ver seu bebê caminhar. Não force os movimentos para acelerar o processo nem o coloque em andador. A criança pode não estar com a sustentação do tônus muscular preparada para andar ou se acomodar ao aparelho e atrasar o desenvolvimento da marcha.
No andador, ela não se aproxima o suficiente dos objetos para poder tocá-los, sentir sua forma, sua textura. E não visualiza suas pernas em movimento, o que é interessante para que ela perceba mais rapidamente o processo de caminhar. E mais: se o andador tombar, a criança pode se machucar.
Calma nessa hora – Faça com que os primeiros passos de seu filho sejam num lugar amplo, sem nada que possa dificultar esse início nem machucar o bebê (como tapetes, objetos quebráveis ou pontiagudos, enfeites, bibelôs, abajures, entre outros), principalmente quando ele cair. É, porque o pequeno, no processo de aprendizado, cairá algumas vezes.
Num desses momentos, ele pode se assustar, chorar, pedir colo… Nada de dramas. Caso ele não se machuque, o melhor que você tem a fazer é apenas conversar com ele. Procure acalmá-lo, passando segurança para tentar novamente. Se você gritar no momento da queda, ficar nervosa, correr para pegá-lo e assustá-lo, ele poderá, naquele momento, evitar arriscar novos passos.
Texto desenvolvido pela marca Lillo (www.lillo.com.br)